O primeiro lugar é do mastim tibetano. As duas pintas nas sobrancelhas são características deste “pequeno gigante”. Porém, o que chama mesmo a atenção é o seu pelo macio e denso, que o protege das baixas temperaturas.
Originário da China, esse “urso de peluche” é considerado por muitos um símbolo de status, e não é por acaso: o seu preço médio é de cerca de 160 mil euros.
Não se sabe ao certo a origem do mastim tibetano, mas acredita-se que seja pré-histórica. O documento mais antigo que dá conta da existência do mastim tibetano data de 1100 a.C. Acredita-se que os tibetanos usavam o mastim como cão de guarda – tanto é que ele era conhecido como o cão guardião do Tibete.
Recentemente, análises de ossadas encontradas em sítios arqueológicos da região comprovaram a existência milenar da raça. O que também sustenta as teorias de que o mastim tibetano tenha vindo dos cães molossos, provenientes da Molóssia, região da Grécia que esteve sob o domínio da Macedónia durante o século IV a.C.
Estudos recentes indicam que o mastim tibetano foi uma das primeiras raças a diferenciar-se dos lobos, há cerca de 58 mil anos. Embora não se saiba ao certo qual era a função do mastim para o homem da época, acredita-se que ele era usado como cão de guarda e de caça.
Há, ainda, registos que indicam que Marco Polo, um dos primeiros ocidentais a percorrer a rota da seda, teria tido contato com o mastim tibetano nas suas viagens, no século XIII. E missionários jesuítas teriam conhecido a raça no século XVI. O primeiro mastim tibetano a pisar terras ocidentais foi trazido pelo Lord Hardinge, vice-rei da Índia, como presente para a rainha Vitória, em 1847. Em 1874, mais dois mastins tibetanos foram importados para a Inglaterra pelo Príncipe de Gales e expostos no Alexandra Palace Show. Com os anos, e a contínua importação da raça para a Europa, o interesse ocidental pelo mastim tibetano começou a crescer e, em 1931, o primeiro clube da raça foi criado.
Nos Estados Unidos, o mastim tibetano foi trazido pelo presidente Eisenhower, no final da década de 1950. Mais tarde, outros espécimes foram importados para os Estados Unidos e, com o crescente interesse por esse exemplar tibetano, criou-se a Associação Americana de Mastim Tibetano, em 1974. No entanto, o seu reconhecimento oficial pela AKC só se deu em 2007. Atualmente, é considerada uma das raças mais raras e caras do mundo, com apenas 300 exemplares registados na Inglaterra