Para compreender melhor como os microplásticos afectam o cérebro, os investigadores utilizaram uma técnica de imagem de fluorescência chamada microscopia de dois fotões em miniatura.
Na prática, deram aos ratos água misturada com esferas de poliestireno fluorescentes. As células imunitárias conhecidas como neutrófilos e fagócitos ingeriram as partículas de plástico brilhantes.
Algumas destas células ficaram presas nas curvas apertadas de pequenos vasos sanguíneos numa área do cérebro chamada córtex, conforme descrito no artigo publicado na revista Nature.
Os cientistas afirmam que algumas obstruções acabaram por desaparecer, mas outras permaneceram durante o período de observação de quatro semanas.
Quando os investigadores injectaram as esferas de plástico nos ratos por via intravenosa observaram as células brilhantes em poucos minutos, e estas obstruções parecem comportar-se de forma semelhante aos coágulos sanguíneos.
De acordo com o site Canaltech, ainda não há evidências se isto também acontece nas pessoas, uma vez que a investigação só foi efectuada em roedores. o entanto, alguns estudos já detectaram a presença de microplásticos no sangue humano.
Para se ter uma ideia, cerca de 80% das pessoas testadas tinham partículas de polímero nas suas amostras de sangue.
Os microplásticos também foram encontrados em artérias obstruídas por gordura.