Esta foi a terceira causa mais frequente de reação alérgica, depois dos alimentos e medicamentos.
Para assinalar o Dia Mundial da Abelha, que se comemora em 20 de maio, a SPAIC cita dados do Registo Português de Anafilaxia para dizer que a alergia ao veneno de abelha foi responsável por mais de 5% de todos os casos de anafilaxia (uma reação alérgica grave e que pode ser fatal) entre 2007 e 2017.
Estima-se também que a reação alérgica grave ao veneno de himenópteros, grupo de insetos que inclui as vespas, abelhas e formigas, é responsável por cerca de 20% das mortes por anafilaxia.
A instituição alerta para o facto de “atualmente, as reações alérgicas por picada de himenópteros representarem um problema de saúde sério”.
Segundo duas imunoalergologistas do grupo de interesse de anafilaxia da SPAIC, Natacha Santos e Maria Luís Marques, a anafilaxia manifesta-se habitualmente “por uma combinação de reações na pele (urticária, angioedema), gastrointestinais (vómitos, dores abdominais intensas), respiratórias (aperto na garganta, falta de ar, pieira) e cardiovasculares (hipotensão, tonturas, desmaio)”, podendo ser fatal.
“Mais de metade dos doentes com anafilaxia ao veneno de abelha apresentam anafilaxia grave com alterações cardiovasculares”, sublinham.
As especialistas alertam para o aparecimento de sintomas, e explicam como o doente alérgico deve reagir em caso de picada.
“No caso de uma reação local (inchaço e vermelhidão no local da picada), o doente deverá lavar bem a zona com água e sabão, aplicar gelo e poderá ser necessária administração de medicação, como anti-histamínicos ou corticoides tópicos ou orais para alívio sintomático”, referem.
Caso a reação seja sistémica, ou seja, caso afete o organismo como um todo, o doente “deverá ligar de imediato para o 112 e dizer que está a desenvolver uma alergia grave”, concluem.