Mas como compreender o que acontece no cérebro para transformar meros impulsos elétricos na vasta gama de perceções, pensamentos e emoções que sentimos momento após momento? Afinal o que significa «ser eu»?
Este é o ponto de partida para A Criação do Eu – A nova ciência da consciência de Anil Seth, que chega no próximo dia 14 de março às livrarias.
Nesta obra, considerada o livro do ano para diversas publicações internacionais, o autor norte-americano, professor de neurociência e investigador, propõe-se descodificar um dos grandes enigmas da humanidade.
«Na minha opinião, a consciência tem mais que ver com estarmos vivos do que com sermos inteligentes. Somos seres conscientes precisamente porque somos animais-máquinas. Defenderei aqui que as experiências de sermos nós, ou de ser eu, surgem da forma como o cérebro prevê e controla o estado interno do corpo. A essência da individualidade não é nem uma mente racional nem uma alma imaterial. É um processo biológico profundamente incorporado, um processo sobre o qual assenta a própria sensação elementar de estar vivo, que é a base de todas as experiências do eu e, na verdade, de qualquer experiência consciente. Sermos nós é algo que está literalmente relacionado com o nosso corpo.»