O dia mundial do dador de sangue comemora-se a 14 de junho, uma efeméride instituída em 2004 pela Organização Mundial de Saúde, que assinala a importância da dádiva de sangue e celebra os dadores, cuja generosidade salva vidas todos os dias.
A dádiva de sangue é vital em situações de catástrofe, acidentes, cirurgias e partos, bem como para pessoas com condições de saúde que requerem transfusões regulares, situações de anemia, entre outras doenças.
Pode ser dador de sangue quem cumpra os seguintes critérios: ter idade igual ou superior a 18 anos, ser saudável e ter pelo menos 50 Kg de peso corporal. Antes da dádiva, é efectuada uma breve avaliação por um profissional de saúde. Não necessita de saber de antemão o seu grupo sanguíneo para ser dador. De destacar que todos os tipos de sangue são necessários. Após a primeira dádiva, é determinado o grupo de sangue a que pertence e, por forma a garantir a segurança, são efectuadas ainda análises para detecção de algumas infecções: hepatite B, hepatite C, VIH (vírus da SIDA) e sífilis. Os locais de colheita onde se poderá dirigir encontram-se disponíveis no site www.dador.pt. Todo o processo, desde a
inscrição para a dádiva até a mesma estar concluída, dura em média 30 minutos. É expectável que se sinta bem após a dádiva, devendo, contudo, ter alguns cuidados antes e depois da mesma. Idealmente, deve reforçar a hidratação, bebendo mais líquidos desde o dia anterior à dádiva de sangue, sendo aconselhável evitar exposição prolongada ao sol; deve tomar o pequeno-almoço ou lanche antes de dar sangue, mas evitar uma refeição abundante. Após a dádiva, deve fazer uma refeição leve e manter o reforço de hidratação.
É importante realçar que a dádiva de sangue é um processo seguro, uma vez que todo o material utilizado é esterilizado e usado apenas uma vez, pelo que não há risco de contrair doenças.
A este ponto, se se está a perguntar qual a regularidade com que pode dar sangue, pode fazê-lo de forma periódica – os homens de 3 em 3 meses e as mulheres de 4 em 4 meses. E vai seguramente fazer a diferença: uma dádiva de sangue pode salvar até 3 vidas.
Por vezes, surgem algumas dúvidas, que interessa esclarecer. Se está grávida, não poderá dar sangue, devendo aguardar pelo menos 6 meses após o
parto. Caso esteja a tomar medicação, deverá levar a listagem de todos consigo quando for dar sangue, para que seja avaliado pelo profissional de saúde se algum deles contraindica a dádiva. Uma outra questão frequente, prende-se com os piercings e tatuagens: deve aguardar 4 meses antes de dar sangue.
Todavia, se as explicações e argumentos até agora elencados ainda não o tiverem convencido a dar sangue, deixo aqui o testemunho da paciente C., que me contou recentemente: “A minha experiência ao longo de vários anos a dar sangue é de sentir que ajudo quem mais precisa. Faço a minha dádiva de 5 em 5 meses. É uma acção segura, rápida e indolor. Sinto-me gratificada.”
Dar sangue é simples, seguro e salva vidas. Se já é dador de sangue, este dia é dedicado a si – obrigada! Se ainda não é e preenche os critérios: contamos consigo?