Nos últimos anos o interesse por alimentos de origem vegetal tem aumentado quer por questões de saúde, quer por questões relacionadas com o ambiente e os direitos dos animais. Relativamente ao conceito de ‘dieta à base de plantas’ (do inglês Plant-Based Diet), este ainda não alcançou um consenso.
Em termos gerais, a ‘dieta vegetariana’ refere-se a uma dieta onde predominam os alimentos de origem vegetal. No entanto, existem outras formas de vegetarianismo, as quais podem incluir produtos de origem animal, como os ovos ou os laticínios.
Essas formas de vegetarianismo diferenciam-se da seguinte maneira:
· Ovolactovegetariana, – exclui o consumo de carne e pescado, mas permite ovos e laticínios;
· Lactovegetariana – exclui a carne, o pescado e os ovos, permitindo laticínios;
· Ovovegetariana – exclui a carne, o pescado e os laticínios, mas permite ovos;
· Vegetariana estrita e vegana – exclui todos os alimentos de origem animal.
Uma dieta vegetariana está associada a um menor peso corporal, a níveis de colesterol mais baixos (comparado com omnívoros) e à redução do risco de doenças cardiovasculares e mortalidade precoce, no entanto este tipo de dieta só por si não garante uma proteção total em termos de saúde. Por vezes ser vegetariano não significa melhor composição corporal, porque pode não haver um controlo do valor energético da refeição, por vezes também associado um maior consumo de refrigerantes, molhos, etc.
Para além disso a indústria utiliza o termo ‘Plant-based’ erradamente, uma vez que coloca este tipo de produtos no mercado mas com mais açúcares e gorduras saturadas.
Relativamente a determinados produtos, por exemplo o tofu, os hambúrgueres vegetarianos e as bebidas vegetais, estes são altamente processados e sofrem processos de hidrogenação, o que pode aumentar o risco em termos de doenças. É fundamental perceber que tipo de transformação é que o alimento passou, a sua origem e formas de produção (alimentos transgénicos). Neste sentido, a rotulagem alimentar é essencial para o esclarecimento do consumidor.
Num contexto de alimentação saudável relacionada com a dieta vegetariana, esta deve englobar produtos hortícolas, fruta, cereais integrais, leguminosas, produtos à base de soja e frutos de casca rija (amêndoas, avelãs, nozes, caju, noz-pecã, castanhas do Brasil, pistácios, nozes de macadâmia). Como este tipo de dieta tem tido cada vez mais seguidores, têm surgidos novos produtos alimentares na dieta dos portugueses, como as algas, o agrião, as beldroegas, a acelga, a batata-doce, a chicória, as castanhas e as bolotas. Já é muito comum a utilização de farinha de alfarroba em vários pratos e sobremesas e o aumento do consumo de algumas variedades de leguminosas (p. ex. feijão, grão, ervilhas, favas, lentilhas). Muitos destes alimentos estão também associados à Dieta Mediterrânica, a qual defende um maior consumo de produtos de origem vegetal e diminuição do consumo de produtos de origem animal.
Com um plano alimentar adequado, o consumo regular de produtos vegetais poderá ter um papel importante na perda de peso, na diminuição de risco de doenças cardiovasculares, na diabetes e vários tipos de cancro.
Uma alimentação vegetariana bem planeada pode ser adaptada a todas as fases do ciclo de vida, incluindo na gravidez, no período de lactação, durante a infância e adolescência, na idade avançada ou até para atletas. É recomendado a suplementação de vitamina B12, ou o consumo de ou alimentos fortificados, devido ao reduzido consumo alimentos de origem animal e fazer análises clínicas regularmente para avaliar outros parâmetros importantes, de forma a evitar colocar a saúde em risco.
Para celebrar este dia da melhor maneira, fica a sugestão de uma receita deliciosa e muito fácil de fazer.
Receita
Ingredientes:
Grão de bico
Curgete
Tomate cherry
Alho
Cebola
Polpa de tomate
Coentros
Azeite
Caril
Curcuma
Pitada de pimenta e de sal
Água
Preparação:
1. Numa frigideira antiaderente colocar o azeite, a cebola e o alho. Deixar estufar ligeiramente, sem queimar.
2. Juntar o tomate partido ao meio e deixar apurar mais um pouco.
3. Adicionar as especiarias. Temperar com o sal e a pimenta. Mexer bem.
4. Juntar o grão previamente cozido, ou de lata/frasco, rejeitando o líquido. Misturar bem.
5. Juntar a curgete com casca e partida em pedaços. Envolver.
6. Se necessário juntar um pouco de água.
7. Deixar estufar apenas durante alguns minutos, para que a curgete não coza demasiado, desta forma ficará mais crocante.
8. Por fim adicionar os coentros picados.
9. Acompanhar com arroz ou pão naan.