Os resultados da pesquisa foram publicados num artigo no Journal of Alzheimer’s Disease.
Mais de 60% dos adultos com 70 anos ou mais nos Estados Unidos sofrem de perda de audição, que já é conhecida por estar relacionada a um aumento no risco de demência. Para compreender melhor essa conexão, os investigadores utilizaram testes auditivos e ressonância magnética para examinar se a perda de audição está associada a diferenças em regiões específicas do cérebro.
Os participantes do estudo observacional, que apresentaram perda de audição, exibiram diferenças microestruturais nas áreas auditivas do lobo temporal, bem como em áreas do córtex frontal envolvidas no processamento de fala e linguagem, além de áreas relacionadas com função executiva.
Os cientista sugerem que a perda de audição pode levar a alterações nessas áreas do cérebro, aumentando assim o risco de demência.
Os resultados destacam a importância de intervenções que reduzam o esforço cognitivo necessário para compreender a fala, como legendas em programas de televisão, uso de aparelhos auditivos e ambientes silenciosos para proteger o cérebro e diminuir o risco de demência.