A Michael Pag caracterizou o perfil de liderança de alguns dos técnicos das seleções que integram o Mundial de Futebol de 2022 e definiu de que forma os diferentes estilos de gestão se podem encaixar no mundo corporativo. Veja se reconhece alguma no seu chefe.
Fernando Santos (Portugal)
O selecionador de Portugal é conhecido por ter uma forte personalidade e por acreditar na repetição como método de melhoria dos processos. No entanto, a flexibilidade que apresenta à equipa permite aos jogadores serem criativos.
Perfil de Liderança: o estilo de Fernando Santos é firme, organizado e flexível. Conhecedor do meio onde se movimenta, nem sempre consegue retirar o melhor da equipa, ainda que saiba congregar esforços em torno de um objetivo.
Analogia com o mundo corporativo: polémico e algo arrogante, é um maestro experiente, que tem dificuldade em inovar e ser criativo.
Tite (Brasil)
O técnico do Brasil permaneceu com grande destaque no comando da seleção ao dar continuidade ao processo de reconquista da confiança dos adeptos, mesmo após o revés do último Mundial, em 2018. Parte deste sucesso está estruturado na experiência adquirida pelo treinador e pela procura da excelência nos resultados.
Perfil de Liderança: o estilo de Tite é autêntico e orientado sempre para a obtenção do melhor desempenho. Experiente, é um líder que sabe extrair o máximo de rendimento dos talentos disponíveis. Por já ter grande experiência em clubes e também em Mundiais, sabe conquistar a confiança e a admiração dos jogadores.
Analogia com o mundo corporativo: líder com muita experiência e que procura sempre o melhor desempenho. Tem boa gestão de grupo e sabe extrair o melhor da equipa.
Hansi Flick (Alemanha)
Continuidade e aprimoramento: o técnico da Alemanha foi aluno de uma das maiores transformações de seleções da história, juntamente com Joachim Löw, o seu antecessor. Agora, Hansi Flick tem a responsabilidade de dar continuidade ao trabalho e aprimorar o processo de reformulação da equipa alemã para a disputa do Mundial no Qatar.
Perfil de liderança: o técnico é bastante respeitado pela carreira de sucesso como auxiliar na transformação da seleção. Ao conquistar 7 títulos como técnico do Bayern de Munique, Flick era nome mais que certo para substituir Löw. Agora, junta peças experientes com a grande quantidade de jovens talentosos na equipa, no seu primeiro grande desafio como principal nome ao comando do futebol alemão.
Analogia com o mundo corporativo: líder que trabalha com ciclos longos e visa o bom equilíbrio da equipa.
Gareth Southgate (Inglaterra)
Gestão de carreira. A frase é quase perfeita para definir a ascensão profissional de Gareth Southgate. Surgiu como treinador das categorias de base e chegou à liderança da seleção inglesa em dois Mundiais.
Perfil de liderança: inicialmente desconhecido pelo público em geral, Southgate é uma peça bastante importante na mudança do estilo de jogo e na filosofia dos ingleses, aliando muita juventude e inovação no plantel. Gareth é um líder bem-humorado e muito atento aos mais variados talentos da Inglaterra. Uma das suas principais características é a adaptação ao mundo digital e à tecnologia.
Analogia com o mundo corporativo: o líder que sabe selecionar e reter jovens talentos.
Lionel Scaloni (Argentina)
Determinação, motivação e confiança. Estas são algumas das definições para o técnico argentino. Considerado como interino, “tapa-buracos” e subestimado pela maioria, o treinador assumiu um desafio que muitos rejeitaram. Obteve êxito no processo de restaurar a confiança e levar a Argentina ao Mundial de 2022 como uma das grandes favoritas ao título.
Perfil de liderança: mesmo sendo uma tarefa difícil para os hermanos, Scaloni conseguiu juntar talento, desempenho e resultados e está invicto no comando há 35 jogos.
Analogia com o mundo corporativo: líder que sabe trabalhar com tarefas difíceis e sob pressão, além de melhorar o ambiente.
Luis Enrique (Espanha)
Reorganização da rota: experiente e consolidado em solo espanhol, Luis Enrique assumiu o comando da seleção com a missão de fazer uma grande reformulação na equipa e gerir as turbulências externas. O técnico tem a responsabilidade de retomar a confiança dos jogadores experientes, juntamente com a chegada de muitos jovens para o Mundial de 2022.
Perfil de liderança: mesmo vindo de uma gloriosa escola como a do técnico Pep Guardiola, Luis Henrique é aberto a reinvenções e tem fácil adaptação a variados estilos. Assume trabalhos desafiadores e quase sempre surpreende as expectativas.
Analogia com o mundo corporativo: líder com trabalhos relevantes e consolidados, disposto a reinventar-se e a assumir novos desafios.
Kasper Hjulmand (Dinamarca)
Uma surpresa, um novato com alto potencial. Esta é a melhor definição para o técnico que irá comandar a Dinamarca na Mundial do Catar. Kasper Hjulmand assumiu a equipa em 2020 e já levou os dinamarqueses às meias-finais do Euro 2020. Juntando jovens e experientes, o treinador conseguiu trazer um inovador e surpreendente estilo de jogo, superando desafios difíceis, como a perda do seu jogador principal, Cristian Eriksen, durante a disputa do campeonato.
Perfil de liderança: consegue resultados e metas inesperadas pela pouca experiência.
Analogia com o mundo corporativo: líder jovem, recém-chegado ao cargo e com potencial altíssimo de crescimento. Mesmo com a falta de experiência, consegue obter bons resultados no início das suas funções.