“Vamos ter uns coletes que estão ligados através de um terminal 5G” e que “vão receber um conjunto de informação áudio do que está a acontecer no concerto”, uma vez que o ‘feed’ vai ser convertido em sinais sensoriais para o colete, explicou Judite Reis, diretora de engenharia de redes da NOS, durante uma visita ao recinto, em véspera do arranque do festival.
Além disso, a pessoa irá receber a informação enviada e convertida em texto, através de uma aplicação no ‘smartphpne’ desenvolvida pela NOS Inovação, em que além de sentir a música, também pode ler o que está a acontecer (legendagem), o que inclui letras da música, a interação do músico com o público, e língua gestual portuguesa.
Ou seja, através do ‘smartphone’ pode ver a legendagem, língua gestual, enquanto o colete vibra consoante o ritmo da música.
Judite Reis adiantou que é utilizado 5G neste projeto-piloto para que tudo esteja sincronizado e que a rede está preparada para “garantida que estas comunicações não são interrompidas”.
A Access Lab “é uma empresa que trabalha muito em inclusão no mundo da cultura e das artes e é uma iniciativa para a qual uma equipa muito grande da NOS está há muito tempo a trabalhar de uma forma muito apaixonada”, acrescentou Margarida Nápoles, diretora de comunicação corporativa e responsabilidade social.
Este projeto “nasce de um premissa base da NOS em colocar a tecnologia ao serviço das pessoas, onde ela pode ser mais relevante”, sublinhou Margarida Nápolses, sublinhando que “música é ritmo”.
E é “ritmo” que estes coletes “transmitem às pessoas”, além de permitir “uma liberdade total às pessoas, acompanhada de legendagem em termo real e língua gestual portuguesa”.
Esta combinação dos três fatores “dá liberdade” porque podem estar em qualquer ponto do recinto, e obter informação em tempo real, em “plena simbiose” com o que está a acontecer.
Esta experiência acontece na sexta-feira, no concerto da Dua Lipa.
Para Pedro Berga, gestor de projeto da Acess Lab, esta é uma “experiência transformadora”, manifestando-se entusiasmado em “ter o ‘feedback’ como as pessoas reagem a estas ferramentas”, como a língua gestual, legendagem, se querem andar à vontade no recinto, entre outros.
Já Sebastião Palha, embaixador da comunidade surda para a Acess Lab, classificou o projeto como “interessante”, até porque dá mais liberdade a quem é surdo e evita que fique circunscrito a um espaço limitado à linguagem gestual.
“Estou com muita vontade de experimentar esta nova modalidade”, afirmou, referindo que foram escolhidos “diferentes perfis” entre as oito pessoas que vão viver a experiência.
Em suma, os coletes hápticos captam o som do concerto e emitem vibrações ao ritmo da música, ao que se acrescenta legendagem das músicas em tempo real, disponível na app criada pela NOS para o efeito e a interpretação de Língua Gestual Portuguesa (LGP).
ALU // JNM
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