O Imovirtual acaba de divulgar um estudo, baseado em dados disponíveis na plataforma, no qual analisa a evolução dos preços médios anunciados de venda e arrendamento em Portugal. Os dados agora partilhados referem-se ao comparativo de abril com março deste ano e com o período homólogo (abril) do ano passado.
A renda média a nível nacional fixa-se agora em 1.757€, tornando-se cerca de 500€ mais caro que no mesmo período de 2022. Lisboa regista ainda o maior aumento da renda (+58,3%) face a abril do ano passado.
Arrendar casa ficou mais caro em praticamente todos os distritos em abril em relação ao mês de março (+22%), depois de uma estabilização desde janeiro deste ano.
ARRENDAMENTO
● O valor médio dos imóveis para arrendar sobe +22,3% de março para abril, fixando-se agora em 1.757€. Este é o valor mais elevado do ano até ao momento, depois de uma estabilização observada desde janeiro, quando a renda média era de 1.445€. Em relação a abril do ano anterior, quando a renda média se fixava nos 1.274€, há um aumento de +37,9% (483€ mais cara).
Distritos em destaque:
● Lisboa (+21,1%) e Bragança (+20,7%) são os distritos com maior aumento da renda média em abril, face ao mês anterior, com os valores a subirem para 2.458€ e 478€, respetivamente.
● Em contrapartida, Vila Real regista a maior descida da renda média em abril (-11,2%), comparativamente com março, descendo de 589€ para 523€. Segue-se o distrito do Funchal (-0,5%), onde a renda média se fixa em 1.076€.
● Em relação a abril do ano passado, Lisboa (58,3%) foi o distrito com maior aumento de renda média, que subiu de 1.553€ para 2.458€. Seguem-se Portalegre (+56,1%, onde sobe de 353€ para 551€) e Leiria (+49,7%, onde sobe de 666€ para 997€).
● Face a abril do ano passado, apenas se registam decréscimos da renda média em Bragança (-24,8%), Évora (-23,6%), Vila Real (-9,8%), Funchal (-4,7%) e Guarda (-2,8%).
● Bragança (478€), Vila Real (523€), Portalegre (551€) e Beja (565€) são os distritos mais baratos para arrendar em abril. Lisboa é novamente o mais caro, com a renda média acima de dois mil euros (2.458€), seguindo-se Porto (1.521€), Setúbal (1.381€) e Faro (1.336€).
VENDA
● O preço médio de venda anunciado mostra estabilização em abril, em relação a março (+2,56%), fixando-se em 412.081€. Em comparação com o período homólogo de 2022, que registava um valor médio de venda de 391.465€, há um aumento de +5,3%, com as casas a ficar cerca de 21 mil euros mais caras.
Distritos em destaque:
● Os distritos com o maior aumento do preço médio de venda em abril, face a março, foram a Madeira e Castelo Branco (+4,2% em ambos), com os valores a fixarem-se em 519.296€ e 137.226€, respetivamente. Segue-se a Guarda (+3,8%) e Setúbal (+3,3%), com os valores médios atuais de 115.750€ e 396.034€, respetivamente.
● Por outro lado, Évora (-1,76%), Vila Real (-1,22%) e Coimbra (-1,16%) registam ligeiros decréscimos de março para abril, com os restantes distritos a registarem relativa estabilização.
● Em relação ao mesmo mês de 2022, os distritos que registaram maior aumento no preço das casas foram a Madeira (+26,4%), Santarém (+20,7%) e Beja (+17%), com os valores médios atuais de 519.296€, 213.658€ e 166.554€, respetivamente.
● Bragança (-30,8%) é novamente o distrito que, face ao mesmo mês do ano passado, regista a maior quebra do preço médio de venda.
● Guarda (115.750€) e Portalegre (118.978€) mantiveram-se os distritos mais baratos para comprar casa em abril. Os mais caros foram Lisboa (639.415€), Faro (591.658€) e Região Autónoma da Madeira (519.296€).