Um estudo publicado no Journal of Aging and Health descobriu que pessoas casadas têm um risco mais pequeno de sofrer de demência quando comparadas com pessoas solteiras ou divorciadas.
Os investigadores do Instituto Norueguês de Saúde Pública (NIPH) identificaram um possível fator de proteção em ser casado na velhice, enquanto aqueles que eram solteiros tinham um risco significativamente maior de desenvolver a doença do neurodesenvolvimento.
«Existe uma correlação entre ser casado na meia-idade e um menor risco de demência na velhice. Os nossos dados também mostram que as pessoas divorciadas representam uma proporção significativa de casos de demência», disse o autor do estudo, Vegard Skirbekk, em comunicado.
Estudos anteriores identificaram que o isolamento social é um forte fator de risco para demência, principalmente em homens e sem filhos. No entanto, este estudo envolveu homens e mulheres, bem como pessoas com e sem filhos.
Os resultados mostraram que 11,6% da amostra desenvolveram demência e 35,3% desenvolveram comprometimento cognitivo leve (MCI). Dessas pessoas, a menor incidência de demência foi naqueles que eram casados, e a maior foi naqueles que não eram casados, seguidos de divorciados.
A pesquisa ainda não pode revelar se é parte do companheirismo, a probabilidade de ter filhos ou outra característica potencialmente protetora que vem com o casamento contínuo. Também pode ser uma variedade de outros fatores, incluindo obesidade, stress do divórcio, tabagismo e inatividade.
Independentemente disso, parece que pessoas solteiras e divorciadas podem ser responsáveis por um grande número de casos de demência e que a redução do isolamento social pode ter um grande impacto na melhoria da qualidade de vida na velhice.