Especialistas apontam que, mais importante do que escolher um único tipo de sal, a chave está em saber usar o tempero com moderação e ficar atento aos produtos industrializados que têm sal.
Sal de cozinha
O sal é um elemento importante para o funcionamento do corpo, surge em quantidades pequenas, mas suficientes para a saúde, em muitos alimentos de origem vegetal e animal. O sal é usado pela humanidade há milénios como uma forma de realçar o sabor da comida ou até mesmo para conservar certos produtos, como carnes e peixe. O nome técnico do sal que todos temos na cozinha é cloreto de sódio, o que significa que ele tem uma mistura de cloro e sódio. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece um limite diário de 5 gramas, mas há quem consuma quase o dobro. Referem os especialistas que o excesso de sódio gera uma série de repercussões, como a retenção de líquidos no corpo o que causa um aumento da chamada volemia — a quantidade de sangue em circulação. O resultado disso é uma pressão extra e desnecessária sobre as paredes dos vasos sanguíneos — o que, no longo prazo, desemboca num quadro de hipertensão.
Sal light ou hipossódico
O sal hipossódico é aquele que possui uma redução de 50% no teor de sódio do produto final. Geralmente, é substituído pelo potássio e o tempero fica com metade de cloreto de sódio, metade de cloreto de potássio. Há versões com uma diminuição menor na quantidade de sódio. Geralmente, as embalagens trazem palavras como “light” ou “rico em potássio”. Uma pesquisa realizada na Austrália e publicada no final de janeiro concluiu que pacientes com hipertensão podem de fato ter benefícios com este tipo de sal. No artigo, os autores defendem a ideia de que esse ingrediente faça parte das orientações de tratamento da tensão alta e os médicos passem a sugerir o uso de sal hipossódico (ou rico em potássio).
Sal rosa e sal grosso
Seja por questões gastronómicas ou de saúde, o sal rosa do Himalaia ganhou destaque. Tem uma coloração rosada e é extraído de rochas salinas localizadas na região do Punjab, no Paquistão. Um dos argumentos de quem defende o uso dessa opção é a quantidade de minerais, ferro e cobre na sua composição. Especialistas alertam que é um erro associá-lo a um consumo de micronutrientes, para os quais existem outras fontes mais adequadas. Além disso, a quantidade de sódio no sal rosa do Himalaia é praticamente a mesma encontrada no sal refinado.O mesmo é valido para o sal grosso pois a quantidade de sódio em ambos é semelhante.
Sal: a palavra-chave é moderação
Seja para prevenir ou para controlar a hipertensão, o segredo está na quantidade de sal que é colocada no preparo da comida.
Para variar e explorar novos paladares, pode-se misturar sal grosso e ervas finas secas. Basta batê-las no liquidificador para obter um tempero com um gosto diferente.
Fazer desaparecer o saleiro que fica em cima da mesa, para ser usado após a preparação dos alimentos, também é uma tática simples e efetiva, dizem os especialistas.
É importante consumir com muita moderação produtos industrializados, ultraprocessados e embutidos.