Desde logo a luz azul perturba o ritmo natural do organismo afetando a qualidade do sono.
Os investigadores demonstram preocupações surpreendentes sobre as condições de saúde mais graves que podem ter influências causais diretas no desenvolvimento de certos tipos de cancro (especificamente de mama e próstata), problemas com obesidade, doenças cardíacas e diabetes.
O ritmo circadiano é o relógio do corpo, um processo fisiológico gerado endogenamente que opera num ciclo aproximado de 24 horas.
Esse ritmo é sensível a sinais externos, como luz solar (ou qualquer luz) e a temperatura.
A luz (especificamente a luz do dia) sincroniza o ritmo circadiano. As células na retina do olho são sintonizadas com precisão para a luz de comprimento de onda curto, enviando sinais de resposta ao cérebro.
Isso sinaliza o cérebro que reduz o bombeamento de melatonina no corpo, o que induz o sono.
Quando os níveis de melatonina aumentam, temperatura corporal cai, a fome diminui e a sonolência aumenta. Quer se esteja a dormir ou não, esse efeito é restaurador.
Além disso, os tempos modernos estão adulterando a transição natural da fisiologia noturna, retardando o processo e interrompendo o ritmo circadiano.
O excesso de exposição à luz suprime a excreção de melatonina e, como resultado, essa secreção diminuída pode influenciar no desenvolvimento do cancro.
Acredita-se que diabetes e obesidade também estejam ligados.
A exposição à luz durante a noite é uma das principais razões pelas quais as pessoas não dormem adequadamente.