A maioria dos portugueses diz sofrer de algum sintoma de desconforto digestivo, várias vezes por mês. Esta é a conclusão de um estudo da Marktest em parceria com alguns especialistas que analisaram o estado da saúde digestiva dos portugueses e concluíram que o seu estilo de vida é pouco aconselhável para uma boa saúde digestiva.
Este estudo elucida-nos, também, sobre a relação entre os comportamentos ao nível da alimentação, sono, atividade física e stress com o sistema digestivo. Também se pretendia perceber como estes a entendem e quais os indicadores mais proeminentes.
Assim, a primeira conclusão a que o estudo chegou foi o desconhecimento dos portugueses sobre o tema. Isto porque aproximadamente 57 por cento dos inquiridos afirmam que a sua saúde digestiva depende da alimentação e apenas cerca de 26 por cento considera outros comportamentos.
Para os especialistas envolvidos no desenvolvimento do estudo, a maioria da população continua a ter comportamentos pouco saudáveis que, naturalmente, podem comprometer o seu bem-estar e, em particular, a sua saúde digestiva.
A desvalorização dos sinais de alerta também é um dos pontos-chave aquando da análise do estudo, pela sua incoerência com a quantidade de sintomas experienciados.
Rui Pinto, um dos especialistas envolvidos no estudo, alerta que «o facto de as pessoas estarem a desvalorizar os sintomas de desconforto digestivo merece atenção», pois podem explicar a ausência de «mudanças significativas nos seus comportamentos». Outro aviso importante deste estudo prende-se com a necessidade de atender a todos os «sintomas de desconforto digestivo que aparecem todos os meses, várias vezes por mês», acrescenta o cientista.
Em seguida listamos alguns resultados estatísticos, do estudo sobre saúde digestiva relativos à frequência de problemas do foro digestivo sentidos e frequentemente desconsiderados pelos portugueses:
61,7% sofrem de algum sintoma pelo menos algumas vezes por mês;
52,3% sofrem de barriga inchada;
39,2% referem uma sensação de enfartamento/digestão lenta;
33,5% têm mau hálito, 28,8% cólicas e 19,2% diarreia;
30,8% sofrem de azia e 29% de prisão de ventre.