Sabe-se hoje que a intensificação do stress, nas pessoas pode afetar significativamente a saúde e, problemas como insónias e ansiedade, podem ser acompanhados de zumbidos no ouvido.
Embora a causa do zumbido permaneça desconhecida, um estudo realizado em 2016 pelo Center for Hearing and Deafness da Universidade de Buffalo, nos Estados Unidos, abriu uma nova porta nesse sentido. E através da ressonância magnética funcional, os investigadores confirmaram que a atividade anormal subjacente ao zumbido também apareceu na amígdala. E isso é relevante porque é a parte do cérebro que mapeia as emoções para as nossas perceções.
Richard Salvi, um dos autores do estudo, lembra que “muitos pacientes relatam que começaram a sentir zumbido nos ouvidos (zumbido) após um período de grande ansiedade ou stress. Por esta razão, e perante esta observação, pensamos que não só a perda auditiva é relevante, mas que também existem fatores emocionais em conjunto com fatores auditivos”.
Outros estudos também analisaram a relação entre zumbido e o stress. É o caso do estudo realizado por três investigadores alemães e publicado no portal Fronteiras, que em 2012 encontrou uma correlação direta entre a gravidade de ambas as situações. De acordo com seus resultados, aqueles que sofreram os maiores níveis de stress na maioria dos casos também tiveram a perceção mais severa do zumbido ou sofreram zumbido por mais tempo. O estudo foi realizado por meio da Escala de Depressão, Ansiedade e stress (DASS) e incluiu 196 indivíduos com idades entre 20 e 60 anos.
O melhor tratamento para zumbido
Em muitos casos, seja por ruído ou por uma situação stress, o ruído nos ouvidos que caracteriza o zumbido desaparece após alguns dias. No entanto, há momentos em que o zumbido se torna permanente. Nesses casos, geralmente são utilizados tratamentos para mascarar os ruídos e ajudar o paciente a acostumar-se a eles, como a Terapia de Retreinamento do Zumbido (TRT), que é a mais eficaz de todas.
O objetivo final desta terapia é que o paciente se acostume a este som até que não esteja mais ciente de ouvi-lo. E a realidade é que funciona. De fato, apresenta-se como o método mais eficaz para acalmar os efeitos do zumbido, com uma taxa de sucesso de 85%. Desta forma, e num período de 9 a 18 meses, os afetados recuperam a qualidade de vida perdida.