Um relatório de 2017 da Comissão Europeia revela que as algumas tintas utilizadas para fazer tatuagens contém pigmentos de baixa pureza, pois não foram fabricadas especificamente para a pele, podendo gerar riscos para a saúde.
O estudo, que analisa o nível de segurança de tatuagens, mostra que a maioria das tintas vem dos Estados Unidos e pode danificar a pele, principalmente quando expostas aos raios ultravioleta e ao laser.
Cerca de 80% delas são orgânicas e mais de 60% são corantes azóicos, e o documento adverte que em alguns casos podem libertar aminoácidos aromáticos cancerígenos.
Já em janeiro deste anos, a Agência Europeia de Produtos Químicos (ECHA) limitou o uso de mais de 4 mil substâncias presentes em tintas de tatuagem (principalmente coloridas) e ligadas a algum tipo de problema de saúde. Alguns exemplos são corantes azoicos, aminas aromáticas cancerígenas, hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HPAs), metais e metanol, relacionados com alergias, irritações, indução de mutações genéticas ou cancro.
Segundo a agência, a intenção não é proibir as tatuagens, mas fazer com que as cores usadas nelas sejam mais seguras.
Outra das considerações da Agência Europeia de Produtos Químicos sobre os riscos das tatuagens é que, quando removidas com laser, as substâncias da tinta são partidas em partículas mais pequenas, o que libertaria os químicos nocivos.