Um suplemento que pode ajudar na recuperação da COVID-19

De acordo com um ensaio clínico, um novo suplemento alimentar belga pode ter efeitos positivos na recuperação da COVID-19. Quercetina, Curcumina e Vitamina D3 aceleram tempos de resposta do sistema imunitário e recuperação, evitando evolução para estados mais graves da infecção viral causada pelo SARS-CoV-2.

De acordo com um ensaio clínico, um novo suplemento alimentar belga pode ter efeitos positivos na recuperação da COVID-19. Quercetina, Curcumina e Vitamina D3 aceleram tempos de resposta do sistema imunitário e recuperação, evitando evolução para estados mais graves da infecção viral causada pelo SARS-CoV-2.

Um novo estudo, baseado num ensaio clínico aleatório, que envolveu 50 pacientes e foi conduzido pelo Departamento de Medicina da King Edward Medical University de Lahore, no Paquistão, sob a supervisão do Dr. Amjad Khan, concluiu que a ingestão diária do novo suplemento alimentar belga (Nasafytol®), à base de Quercetina (65 mg), Curcumina (42 mg) e Vitamina D3 (2,2 μg), durante 14 dias, por pacientes com sintomas de COVID-19 leves a moderados e na fase inicial da doença, contribuiu para que a infecção viral provocada pelo SARS-CoV-2 fosse eliminada mais depressa.

O mesmo suplemento contribuiu, também, para que os sintomas agudos associados à COVID-19 fossem debelados mais rapidamente e para que os níveis de infecção e inflamação do marcador PCR melhorassem substancialmente, permitindo que os pacientes recuperassem mais rapidamente.

«Ainda não temos um medicamento único que possa tratar a COVID-19 e, dada a complexidade do vírus e das suas múltiplas e rápidas mutações, nem sabemos se isso alguma vez será possível. Temos, assim, vindo a realizar vários ensaios, de modo a chegarmos a tratamentos mais eficazes, que acelerem os tempos de resposta do sistema imunitário, e diminuam, ou mesmo impeçam, a evolução para situações mais graves. A quercetina e a curcumina são dois polifenóis naturais amplamente estudados, que possuem efeitos farmacológicos antivirais, anti-inflamatórios e antioxidantes de largo espectro comprovados. A vitamina D3, por seu lado, é reconhecida por desempenhar um papel fundamental no fortalecimento da imunidade inata, na capacidade de modular a resposta imunitária adaptativa e contribui para diminuir a libertação de substâncias pró inflamatórias, estando presente em inúmeros alimentos», afirma o Dr. Amjad Khan.

Este ensaio clínico aleatório envolveu 50 pacientes em regime ambulatório, diagnosticados com COVID-19 em fase inicial, com sintomas leves a moderados, confirmados por testes RT-PCR, e que foram divididos em dois grupos: um que recebeu o tratamento standard (paracetamol e/ou um antibiótico (azitromicina) conjugado com o Nasafytol® (2 cápsulas por dia, durante 14 dias); e outro, a quem foi apenas ministrado o tratamento standard.

«Os resultados do estudo foram muito encorajadores e provavelmente devido à eficácia sinérgica dos mecanismos imunomoduladores, antioxidantes, anti-inflamatórios e antivirais revelou ser um adjuvante seguro e cientificamente comprovado no tratamento da COVID-19 na fase inicial», sublinha o mesmo responsável, adiantando que «o grupo que tomou o Nasafytol® apresentou uma resposta negativa mais rápida ao teste nasofaríngeo SARS-CoV-2 RT-PCR ao sétimo dia, i.e. 15 (60%) versus 5 (20%) do outro grupo. Por outro lado, os sintomas agudos associados à COVID-19 foram resolvidos mais rapidamente no grupo a quem foi ministrado o suplemento alimentar ao sétimo dia, i.e.15 (60%) versus 10 (40%) no grupo que se submeteu apenas ao tratamento standard. Por seu turno, os pacientes do grupo a quem foi ministrado o Nasafytol® apresentaram uma diminuição significativamente mais elevada dos níveis de PCR ao sétimo dia, com uma média de 34,0 a 11 mg/dL e por comparação com o grupo que não tomou o suplemento, 36,0 a 22,0 mg/dL, p = 0,006.”

O estudo também concluiu que o tratamento adjuvante com o Nasafytol® foi bem tolerado pela totalidade dos 25 pacientes envolvidos no ensaio, não tendo sido reportados efeitos secundários, complicações ou/e eventos adversos graves.

O artigo completo sobre o estudo está disponível aqui.

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