Hugo Van Der Ding reúne neste Vamos Todos Morrer outra vez, que chega agora também às livrarias, cem biografias de rainhas e reis, ladras e ladrões e heroínas e heróis de todos os dias, que já cá não estão, mas que deixaram a sua marca no mundo.
Com o humor que o caracteriza e baseado no programa de rádio com o mesmo nome, Hugo Van Der Ding numa peregrinação enlutada pela história: De Cléopatra a Isabel II.
«Passo a vida a pensar na marca que quero deixar neste mundo, mas o Vamos Todos Morrer tornou essa demanda menos ansiogénica: todos os dias aprendo que, por mais que me esforce, serei apenas recordada pela badalhoca que fui. Pronto.» Ana Markl
«Um gajo que vai ganhar dinheiro com a morte? Uau, que notícia dramática. Informam-se todos os quatro habitantes deste país que ainda não viram, ouviram ou leram o Vamos Todos Morrer, e antes que batam a bota, que vão encontrar aqui uma longa lista de doenças venéreas para pôr à prova. Tudo boas histórias. Afinal, ninguém é melhor que ninguém, e até a morte sabe disso. Graças a Deus.» Tiago Ribeiro
«Vamos Todos Morrer Outra Vez é já o segundo livro sobre irmos todos morrer. O primeiro livro também era Vamos Todos Morrer e também era sobre irmos todos morrer, claro. Os livros Vamos Todos Morrer acontecem a partir da rubrica de rádio Vamos Todos Morrer que trata precisamente sobre irmos todos morrer. O meu papel é garantir que Vamos mesmo Todos Morrer. A única certeza que tenho é que o Hugo van der Ding e o Vamos Todos Morrer tornam muito mais fácil esta trajectória até irmos todos morrer.» Emanuel Silva, produtor
Hugo van der Ding (n. 1982) Nasceu no Convento de Santo Domingo, em Asunción, no Paraguai, onde a mãe tinha entrado como noviça por estar à espera de bebé de um homem casado de ascendência holandesa. Aos cinco anos, acompanhou a mãe como missionária à Índia. Estudou no Colégio de São João de Brito, em Cochim, e foi depois secretário pessoal do bispo da mesma cidade, Joseph Kureethara. Nos jardins da diocese, apaixonou-se por Botânica e trabalhou como desenhador científico para a Universidade Estadual de Kerala. Fascinado com a presença portuguesa em Cochim, e com as figuras que por lá passaram — de Camões a Vasco da Gama, de São João de Brito a Afonso de Albuquerque — compra um bilhete de avião só de ida e aterra em Lisboa, em 2010. Depois de descobrir que todas estas figuras já tinham morrido havia vários séculos, entrega-se ao álcool e às corridas de cavalos. E foi precisamente nas corridas de cavalos que fez uma relativa fortuna, o que lhe permitiu pagar para trabalhar na escrita, no teatro, na rádio e em televisão. Também desenha e é embaixador em Portugal da Xiomani, multinacional chinesa de falsificação de artigos de luxo.
Foto: Wook