Ao fim de 57 anos, o Exército português reformou a velhinha espingarda alemã G3 e apresenta a sua sucessora: a belga SCAR-L.
Recorde-se que, a primeira fornada de espingardas automáticas G3 saiu da Fábrica de Braço de Prata, em Lisboa, em setembro de 1962. Fez parte do armamento do Exército português na guerra do Ultramar, no 25 de Abril, nos Balcãs, Afeganistão, Timor ou na República Centro Africana.
A escolha da nova arma ligeira dos militares portugueses coube à NSPA, central de compras da NATO, que fechou o negócio no início deste ano por 42 milhões de euros. Portugal adquiriu não só 15 mil espingardas automáticas, como duas mil lança-granadas, 550 espingardas de precisão, 1400 metralhadoras ligeiras e médias e também novas ópticas.
A SCAR-L visa acelerar o alinhamento de Portugal com os outros países da NATO e a sua introdução obriga, por exemplo, à criação de um novo manual de ordem unida (movimentos que os militares fazem com a arma quando estão em marcha ou parada) e de novas tabelas de tiro.
A renovação do armamento do Exército integra um plano alargado de actualização dos Sistemas de Combate do Soldado, que inclui novo fardamento, equipamentos de protecção e comunicações, orçado em 89,7 milhões.
Está em curso o levantamento do número de unidades existentes para definir o processo de abate das G3. A arma deixa de existir no Exército, mas mantém-se na Marinha e Força Aérea.