World African Artists United apresenta obras de artistas africanos e afro-descentes em Lisboa

Promovida pela plataforma WAAU – World African Artists United, a exposição decorre entre 24 de maio e 7 de junho. Mahi Binebine é um dos artistas em destaque, que conta, também com uma coleção permanente no Museu Guggenheim de Nova Iorque

A WAAU – World African Artists United, plataforma sem fins lucrativos de que tem como missão promover e amplificar a presença de arte africana no mundo, será a anfitriã de uma exposição coletiva temporária denominada “World African Artists United”, que terá lugar no Castilho 3, localizado numa das principais ruas da cidade de Lisboa, e permanecerá aberta ao público até 7 de junho.

 

Esta mostra será inaugurada no próximo dia 23, em simultâneo com a After-Party da ARCOLisboa, um evento exclusivo promovido pela WAAU, em parceria com a promotora imobiliária MEXTO, que é também patrocinadora da mais importante feira de arte contemporânea de Lisboa.

 

A exposição conta com a participação de três galerias convidadas – MOVART, African Arty e MRS Arts – e com as obras do artista marroquino Mahi Binebine e outros artistas africanos e afrodescendentes, como Amadou Opa Bathily, ⁠Dieudonne Djiela Kamgang, Houda Terjuman, Alice Marcelino, Mário Macilau, Fidel Évora, entre outros.

 

Mahibe Binebine vai, também, apresentar o seu livro Sono da Escrava, no dia 25 de maio, na ARCOLisboa. Este é o primeiro romance do autor traduzido para português e retrata a vivência peculiar na Medina de Marrakech, que representa as recordações da infância do autor. Uma história que gira em torno de Dada, a escrava negra comprada aos homens-azuis que a tinham raptado, tal como ao seu jovem irmão. O narrador, observador deste mundo mágico da Medina e das memórias de Dada, regista tudo quanto ela transmite em palavras simples acerca da essência de outros mundos reais: a força da terra, da água, do fogo e do ar.

Nascido em 1959 em Marraquexe, o artista mudou-se para Paris em 1980 para estudar Matemática, que lecionou durante oito anos, antes de se dedicar à escrita e à pintura. Viveu em Nova Iorque de 1994 a 1999, depois regressou a Paris, que deixou em 2002 para voltar a Marraquexe.

 

As suas pinturas fazem parte da coleção permanente do Museu Guggenheim de Nova Iorque, do Institut du Monde Arabe e de numerosas coleções públicas e privadas. Regressou a Marraquexe em 2002, onde vive e trabalha atualmente. Em 2023 vence o Prémio para a Cultura Mediterrânica (Fondazione Caricale, Itália) e os seus romances estão traduzidos para mais de uma dezena de línguas.

 

“A WAAU é uma plataforma digital que tem por objetivo distinguir, apoiar e promover artistas africanos e afrodescendentes para um maior reconhecimento e internacionalização e, por isso, faz todo o sentido promovermos esta exposição e dar a conhecer, ao público em geral, artistas de renome africanos e afro-descendentes, com peças verdadeiramente únicas”, afirma Elson Angélico, fundador da MEXTO e da WAAU, membro do Comité de Honra da ARCOLisboa.

“Além disso, fizemos questão de organizar esta exposição na altura em que decorre a ARCOLisboa, um evento do qual a MEXTO é patrocinadora oficial e que destaca o que de melhor se faz na arte contemporânea”, sublinha Elson Angélico.

 

World African Artists United

Localização: Rua Castilho, 3

Data: 24 de maio a 7 de junho

Horário: terça a sábado, das 12h00 às 19h00

Entrada: Gratuita

 

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