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1.250 anos depois de ser fundado o “festival do nu” japonês recebe mulheres

Homens de troco nu cantam em uníssono cânticos enquanto se dirigem para o Santuário Konomiya, no centro do Japão. Mas este ano não estão sozinhos. Há mulheres a participar na celebração.

28 Fevereiro 2024
Sandra M. Pinto

Teve a sua primeira edição há precisamente 1.250 anos. Chama-se Hadaka Matsuri, ou Festival do Nu, e é realizado no Santuário Konomiya, no centro do Japão.

Desde sempre que só os homens eram autorizados a participar, mas este ano o evento apresentou uma novidade: aceitou a participação de mulheres.

Para as que participam, e não só, este é um momento histórico, porque ocupar espaços tradicionalmente dominados por homens é difícil no Japão. Não que elas não estivessem lá antes, uma vez que nos bastidores, eram as mulheres que trabalhavam arduamente para apoiar os homens no festival.

No festival os homens tentam afastar os maus espíritos, antes de orar pela felicidade no santuário. agora a participação é feita também com as mulheres. Referem os habitantes que não existia propriamente uma proibição, mas que nunca tinha surgido tal ideia. Quando surgiu a sugestão de elas puderem entrar na festa, a resposta foi afirmativa, uma vez que os habitantes referem que o mais importante é este ser uma evento para todos onde todos possam participar.

Mas há uma diferença evidente: as mulheres não estão despidas. Cada uma das participantes femininas usa “happi” – espécie de roupão longo tradicional – roxo e calções brancos, em vez das tangas masculinas, enquanto carregam as suas próprias oferendas de bambu.

Outra coisa que também não fazem é amontoar-se umas por cima das outras, tal como o fazem os participantes masculinos. Convém esclarecer que os homens fazem isso com a finalidade de tocar no Shin Otoko, a “divindade masculina”, que mais não é do que um elemento masculino escolhido pelo santuário. Diz a tradição que tocar-lhe afasta os maus espíritos.

Quando chega a altura de participarem, as mulheres juntam-se em duas filas paralelas e carregam longas varas de bambu envoltas em tecidos vermelhos e brancos entrelaçados. Tal como os homens , elas entram no pátio do santuário xintoísta Konomiya onde todos, sem distinção, são borrifados com água fria.

Depois de entregarem a sua oferenda, as mulheres terminam a cerimónia com a tradicional saudação de duas reverências, duas palmas e uma reverência final.

Foto: kiwimediapost.co.nz

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