Batatas e molhos defumados recebem aromatizantes com aditivos derivados da condensação de várias madeiras, chamados de produtos primários com sabor de fumo (SFPPs). Esses produtos, porém, estão com os dias contados nas prateleiras dos países da União Europeia.
A Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA) publicou descobertas em novembro de 2023 que levantaram preocupações sobre a toxicidade desses produtos e que eles poderiam causar diferentes tipos de cancro, diz o Globo.
«Os riscos de cancro estão ligados ao processo de purificação da fumaça, incluindo a remoção de componentes como alcatrão e cinzas, antes que o sabor seja adicionado aos alimentos», avança a noticia.
«Esses aromatizantes são criados através de um processo chamado pirólise, onde a madeira é queimada e a fumaça é cuidadosamente purificada. Essa purificação remove elementos nocivos como cinzas e alcatrão, resultando numa fumaça líquida concentrada que pode ser adicionada aos alimentos, de acordo com a EFSA», prossegue.
«Alguns dos produtos químicos citados pela EFSA em sabores defumados incluem estireno, que foi rotulado como um provável cancerígeno para humanos, e benzenodiol, classificado pela Agência Internacional de Pesquisa sobre Cancro (IARC) como outra possível substância cancerígena», é sublinhado, «após as descobertas, os estados-membros europeus endossaram em abril uma proposta da comissão, que será formalmente adotada nas próximas semanas, e implementada ainda este ano, para não renovar a autorização para oito aromatizantes».
Produtos que usam aditivos de fumaça como intensificadores de sabor, como batatas fritas ou molhos, serão proibidos dentro de dois anos, a menos que os seus ingredientes mudem, é ainda referido.
«Enquanto produtos que usam os aditivos para substituir a defumação tradicional, como presunto, peixe ou queijos, terão cinco anos. Este período foi adotado para dar aos produtores de alimentos tempo para encontrar alternativas».
Presuntos ou salmão defumados tradicionalmente, sem aditivos, não serão afetados pela proibição, conclui.