No caminho para a poupança a realização de um orçamento familiar é um dos meios mais eficazes e um dos mais utilizados pelos portugueses: 66%, o que representa um crescimento de 14% em comparação com 2019.
Cerca de 33% dos portugueses fá-lo mensalmente, 9% diariamente e 5% semanalmente. Já 15% dos inquiridos revê o seu orçamento sem regularidade. Os inquiridos entre os 25 e os 34 anos (40%) e os residentes na região Centro (52%) são os que revelam um maior hábito de rever mensalmente o orçamento.
O que está no orçamento familiar?
Nesta gestão, o peso das despesas mensais fixas regista um aumento e representa entre 25% a 50% do orçamento para mais de metade dos inquiridos (57%). Já as despesas diárias representam menos de 25% para metade dos inquiridos. Os valores referentes às despesas fixas têm maior peso junto dos inquiridos entre os 35 e os 64 anos (65%) e residentes no Grande Porto (68%).
Igualmente importante para uma gestão equilibrada é o conhecimento dos rendimentos e despesas. A grande maioria dos portugueses (89%) tem conhecimento do valor do rendimento mensal do agregado familiar. Destes, 35% sabe o valor com exatidão, mais 6 p.p. em relação a 2019. Já a percentagem de inquiridos que diz saber o valor aproximado (54%) parece ter diminuído face a 2019 (59%). No que respeita às despesas mensais, 26% não sabem este valor com exatidão (mais 6 p.p.) e a percentagem dos que sabem o valor aproximado desceu ligeiramente (de 67% para 63%).
São 11% os portugueses que afirmam desconhecer quer os rendimentos quer as despesas, menos 2 p.p. que no ano passado.
Metodologia
O inquérito quantitativo do Observador Cetelem 2020 foi realizado pela empresa de estudos de mercado Nielsen. Este teve por base uma amostra representativa de 1000 indivíduos residentes em Portugal Continental, de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 18 e os 74 anos de idade. A amostra total é representativa da população e está estratificada por distrito, sexo, idade e níveis socioeconómicos e conta com um erro máximo associado de +/- 3.1 pontos percentuais para um intervalo de confiança de 95%. As entrevistas foram realizadas telefonicamente (CATI), com informação recolhida por intermédio de um questionário estruturado de perguntas fechadas. O trabalho de campo foi realizado entre 9 a 16 de setembro de 2020.