À semelhança da Corrida da Mulher – em relação ao cancro da mama -, que aconteceu a 19 de maio entre Santos e Belém, vai ter lugar às 17h do dia 7 de setembro, no Parque Eduardo VII, em Lisboa, a primeira edição da P-Race. Com inscrições ainda abertas no site do Instituto da Próstata, a organização desta corrida pretende alertar a sociedade para o cancro da próstata e a importância de esta ser diagnosticada precocemente, assim como outras doenças que afetem este orgão.
O Instituto da Próstata, a Associação Portuguesa dos Doentes da Próstata (APDP) e a Associação de Atletismo de Lisboa querem avisar a sociedade de que o cancro da próstata é o tumor mais frequente nos homens dos países desenvolvidos. Em Portugal, este tumor é responsável por cerca de 5000 novos casos por ano, com cerca de 1800 mortes anuais. À próstata, além do cancro, são conhecidas outras doenças menos graves que podem incomodar e são muitas vezes desvalorizadas ou têm terapias desadequadas.
A importância do diagnóstico precoce
Para o diretor clínico do Instituto da Próstata, o urologista José Santos Dias, divulgar a importância da necessidade dos homens acima de 45 anos serem avaliados para assegurar um diagnóstico precoce. Acresce o facto de na maioria dos casos esta doença não revelar sintomas, sendo que esta doença pode ser vencida se o tumor for detetado em fases iniciais.
Com o objetivo de chegar ao maior número possível de pessoas, esta primeira edição da P-Race conta, para já, com dois embaixadores conhecidos dos portugueses: Joaquim de Almeida (ator) e Humberto Coelho (antigo futebolista internacional português e atual vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol), entre outros nomes a divulgar.
Objetivo paralelo e receitas
O valor das inscrições na corrida revertem para a APDP e ainda para a investigação sobre o cancro da próstata. José Santos Dias defende o objetivo paralelo do Instituto da Próstata, de «ajudar a Associação Portuguesa dos Doentes da Próstata, que tem uma ação muito meritória [organização de sessões de esclarecimento para doentes e familiares e ainda tem uma linha de apoio para doentes]».
Contudo, o diretor clínico acrescenta que este objetivo também tem idêntica relevância, pois a APDP «não tem tido o impacto desejável».