<br><br><div align="center"><!-- Revive Adserver Asynchronous JS Tag - Generated with Revive Adserver v5.5.0 -->
<ins data-revive-zoneid="25" data-revive-id="6815d0835407c893664ca86cfa7b90d8"></ins>
<script async src="//com.multipublicacoes.pt/ads/www/delivery/asyncjs.php"></script></div>
Partilhar

Mais de metade das pessoas com cancro da cabeça e pescoço são diagnosticadas em fases avançadas

18 Setembro 2023
Sandra M. Pinto

Importa estar atento

Depois de dez edições da campanha Make Sense, e à beira do início da 11ª, ainda há muito que os portugueses deviam saber sobre o cancro da cabeça e pescoço, doença cujo diagnóstico, segundo Ana Joaquim, presidente do Grupo de Estudos para o Cancro da Cabeça e Pescoço (GECCP), continua a fazer-se tardiamente na maioria dos doentes. De resto, confirma a especialista, dos entre 2.500 a 3.000 novos casos existentes, por ano, no nosso País, “mais de metade são diagnosticados em fase avançada”.

É para aumentar o conhecimento sobre estas doenças que se realiza a 11ª Semana de Sensibilização para o Cancro da Cabeça e Pescoço – Make Sense Campaign, uma iniciativa internacional, liderada em Portugal pelo GECCP, que este ano reforça a importância das três fases de prevenção: primária, que passa pela prevenção do desenvolvimento do cancro da cabeça e pescoço através de atividades para alterar os comportamentos de alto risco e a vacinação contra o HPV; secundária, com foco na melhoria do diagnóstico e do tratamento precoces, através da educação para os sinais e sintomas; e terciária, destinada a melhorar a qualidade dos cuidados prestados aos doentes, para prevenir complicações e aumentar a qualidade de vida dos sobreviventes.

Estamos a falar de problemas que são, segundo Ana Joaquim, e “infelizmente para os doentes, frequentemente muito visíveis. A doença causa alterações em funções vitais e sociais, como a alimentação, a fala e a respiração. A necessidade de alimentação por sondas, por não ser possível comer pela boca, pode ser motivo de vergonha e isolamento social/familiar/profissional; a necessidade de respiração por um traqueostoma, com limitação da fala a acompanhar, pode ser, também, causa de stress para o próprio e estranheza para quem rodeia; bem como a ausência de dentes, muitas vezes consequência dos tratamentos cirúrgicos e de radioterapia; a dependência de substâncias nocivas, como o tabaco e o álcool, tornam estes sobreviventes muito vulneráveis”.

E há muito a fazer para o evitar. A começar pela informação. “Um dos motivos para o atraso no diagnóstico é o facto de os sintomas de alerta serem comuns a muitas doenças benignas e autolimitadas. Falamos de aftas, feridas ou lesões na boca, dor de garganta, rouquidão, sangramento pelo nariz e inchaços no pescoço. A chave é a duração destas queixas: quando são persistentes durante 2-3 semanas, é altura de procurar o médico.”

Os atrasos no diagnóstico e no tratamento custam vidas. De acordo com a evidência, “quando este tipo de cancro é diagnosticado precocemente, ou seja, em fases iniciais, é muito mais curável, e com poucas sequelas dos tratamentos. A taxa de cura dos casos iniciais é de 80 a 90%. Ou seja, por cada 10 pessoas diagnosticadas em fase inicial, 8 a 9 são curadas (este número baixa para 4 a 5 na doença avançada). Isto só é possível se as pessoas que têm os sintomas procurarem o médico a tempo”.

É, por isso, essencial, a sensibilização, que passa também pelo conhecimento dos fatores de risco. “O tabagismo e o consumo crónico de bebidas alcoólicas são os principais fatores de risco para o cancro de cabeça e pescoço. Infelizmente, são hábitos frequentes na população portuguesa. Se é verdade que se espera uma redução do tabagismo com as políticas e informação antitabágica, também é verdade que a infeção por HPV (vírus que se transmite pelo contacto de mucosas e pele e que é um fator de risco importante para um subtipo de cancro da cabeça e pescoço, o da orofaringe) tem vindo a ganhar mais expressão no nosso país. Esperamos, contudo, que consigamos prevenir estes casos no futuro, com a vacina anti HPV que faz parte do Plano Nacional de Vacinação para ambos os géneros”, refere a especialista.

Alertas que, este ano, e no âmbito da campanha, vão chegar aos jovens, através de ações de informação em cerca de 11 escolas. O ano passado foram realizadas ações de formação em 16 escolas do ensino secundário, o que permitiu chegar a 830 estudantes.

Para além das sessões de informação nas escolas, vão realizar-se rastreios e sessões de diagnóstico precoce de norte a sul do país, em unidades hospitalares e em universidades, tentando, desta forma, chegar às populações de risco (Porto, Coimbra, Lisboa e Algarve). Esta será mais uma oportunidade para saber mais sobre a doença e avaliar algum dos possíveis sintomas.

Rastreios já agendados:

Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), no Porto – Dia 20 de setembro, das 14h às 17h, no espaço físico da Consulta Externa de Otorrinolaringologia.

Pólos da Comunidade Vida e Paz, em Lisboa: Chelas e Quinta do Lavrado-Penha de França – Dia 20 de setembro, das 14h00 às 18h00.

Haverá ainda espaço para uma corrida de sensibilização para o tema, em Leiria, no dia 26 e sessões de formação nos centros de saúde (ACES).

Ana Joaquim aproveita ainda para chamar a atenção para a necessidade de melhorar a qualidade de vida dos doentes. “Infelizmente, também quem nos governa e decide as políticas de saúde ainda não deu o devido valor à recuperação e reabilitação das pessoas que vivem com e para além do cancro de cabeça e pescoço. Prova disso é o DESPACHO N.º 15135/2016, uma legislação que visa melhorar a reabilitação oral de doentes tratados com cancro de cabeça e pescoço, que ainda não foi implementado desde que foi publicado em 2016, apesar de todos os anos o GECCP pedir esclarecimentos e ação.”

 

Mais Recentes

Um “plástico bolha” capaz de salvar o mundo? Novo material extrai água potável… no meio do deserto

há 24 minutos

Como funciona o cérebro de um psicopata? Saiba o que diz um novo estudo

há 25 minutos

Qual será o cheiro do Inferno? IA ajuda a reviver odores históricos

há 58 minutos

Beber café sem açúcar ou natas pode ajudar a viver mais, revela estudo

há 1 hora

5 factos (curiosos) sobre o seu coração que provavelmente desconhece

há 2 horas

Sono profundo pode desbloquear momentos de génio: estudo revela ligação entre sestas e criatividade

há 2 horas

10 superalimentos essenciais para mulheres com mais de 50

há 2 horas

Uma em cada 10 pessoas tem sinais atípicos: se é o seu caso, cuidado

há 3 horas

Transforme os seus sonhos em objetivos realizáveis com estas 8 dicas

há 3 horas

Nem natação nem pilates: este é o exercício que mais ajuda as pessoas com dores articulares

há 19 horas

Detesta fazer desporto? Descobrimos a alternativa perfeita para si

há 19 horas

Estudo esclarece dúvida: pode uma pessoa celíaca beijar alguém que tenha comido glúten?

há 19 horas

Diz a ciência que é isto que acontece ao corpo se consumir ananás em lata

há 19 horas

Fotoproteção é eficaz… mas não infalível — o alerta de uma dermatologista

há 20 horas

Gelado e esplanada: a combinação perfeita para este verão

há 20 horas

Com este calor nada sabe melhor do que um banho: mas quantos podemos tomar por dia? Especialistas respondem

há 20 horas

Quantos gelados podemos comer nos dias de calor, segundo a ciência?

há 20 horas

Toma algum destes remédios? Então o calor pode ser ainda mais perigoso para si (é preciso muito cuidado)

há 20 horas

Sabe se os seus descontos para a reforma estão certos? Descubra aqui como verificar

há 20 horas

Óbito: Morreu Harald von Hohenzollern. Príncipe alemão morre subitamente a dias de ser pai

há 21 horas

Subscreva à Newsletter

Receba as mais recentes novidades e dicas, artigos que inspiram e entrevistas exclusivas diretamente no seu email.

A sua informação está protegida por nós. Leia a nossa política de privacidade.