Depois de atingirmos os 50 anos é provável que surja um momento na nossa vida em que paramos para refletir sobre o conceito de “tempo” e sobre o seu verdadeiro significado. É a partir desta idade que começamos a compreender como a vida é curta e como tempo “voa” sem nos darmos conta.
Será que é o tempo que se está a esgotar ou será que somos nós que estamos a ficar sem tempo? Se olharmos à nossa volta o mais provável é vermos outras pessoas a enfrentar este mesmo dilema. Ninguém parece ter tempo suficiente para fazer aquilo que precisam ou desejam fazer. É uma constante frustração e ansiedade que acompanha a sociedade moderna.
Mais interessante, o tempo é porventura o “bem” mais democrático que temos à nossa disposição. Todos temos as mesmas 24 horas por dia, independentemente da nossa nacionalidade, raça ou capacidade financeira.
Infelizmente a maior parte de nós desperdiça inconscientemente o tempo que tem à sua disposição. Apesar de conhecermos a sua importância e de nos angustiarmos com a sua aparente escassez, a verdade é que não cuidamos do tempo como deveríamos. Usamo-lo de forma irrefletida e pouco ponderada. Esta situação está na origem da nossa frustração.
Sendo certo que ninguém sabe exatamente quanto tempo de vida ainda terá à sua frente, todos podemos, no entanto, corrigir alguns comportamentos de forma a aproveitar melhor o nosso dia-a-dia. Semelhante à forma como fazemos um esforço para poupar algum dinheiro no final do mês quando o orçamento está mais “apertado”, podemos assumir uma atitude semelhante em relação à gestão do nosso tempo.
- Deixe de desperdiçar o seu tempo com algumas pessoas que tenham o hábito de “roubar” bastantes minutos do seu dia sem qualquer necessidade. Mesmo que tenha que ser algo indelicado é fundamental que procure criar algum distanciamento;
- Deixe de perder tempo enquanto espera por outras pessoas. Seja num encontro ou numa reunião profissional, é importante que explique que o seu tempo é valioso e limitado pelo que não pode tolerar atrasos de mais de 5 minutos.
- Afirme a sua posição junto da entidade empregadora. Explique ao seu patrão que tem uma vida para além do emprego e que, como tal, não pode estar constantemente a sair tarde. É um empregado; não um escravo. Claro que se for necessária numa urgência poderá ajudar, mas não de forma sistemática.
- Deixe de iniciar discussões que não levam a lado nenhum. O silêncio pode ser o seu aliado.
- Deixe de estar constantemente ao telefone quando simplesmente isso não é necessário. Não esteja sempre disponível.
- Relembre-se que o seu tempo é bem mais valioso para a sua vida que o dinheiro. Poder ir dar um passeio no parque, descansar sem fazer nada ou apreciar a natureza, são tudo exemplos de bons investimentos.