As professoras Katalin Karikó, vencedora do prémio L’Oréal-UNESCO ‘Para Mulheres na Ciência’ em 2022, e Anne L’Huillier, vencedora do mesmo prémio em 2011, receberam esta semana o Prémio Nobel de Medicina e Física, respetivamente. A professora de Bioquímica, Katalin Karikó, foi premiada pelo seu trabalho que permitiu desenvolver vacinas de mRNA contra a Covid-19, enquanto a professora de Física Atómica, Anne L’Huillier, foi reconhecida pelos seus métodos experimentais que geram pulsos de luz de attossegundos para o estudo da dinâmica eletrónica da matéria.
“A Fundação L’Oréal dá os seus sinceros parabéns às professoras Katalin Karikó e Anne L’Huillier pelas suas conquistas históricas em nome da ciência. Os próximos anos serão cruciais para o futuro da humanidade e para os desafios que enfrenta. A sociedade precisa tanto do talento feminino, como do masculino. Os jovens investigadores de hoje devem ser capazes de conquistar um Prémio Nobel sem obstáculos ou diferenças de género.”, afirma Alexandra Palt, diretora executiva da Fundação L’Oréal.
Atualmente, as mulheres continuam a ter uma representação baixa na investigação científica – a sua expressão é de apenas 33,3%1 dos investigadores em todo o mundo. Além disso, têm dificuldade em desenvolver a sua carreira e obter o reconhecimento devido. Desde a criação do Prémio Nobel em 1901, 640 cientistas foram premiados pelo seu trabalho em Física, Química ou Medicina. No entanto, apenas 26 eram mulheres2.
O Prémio Nobel atribuído a Katalin Karikó e a Anne L’Huillier eleva para sete o número de cientistas reconhecidas com o prémio L’Oréal-UNESCO ‘Para Mulheres na Ciência’ que receberam esta distinção. De destacar também Christiane Nüsslein-Volhard (Prémio Nobel da Ciência) Medicina em 1995), Ada Yonath (Prémio Nobel de Química em 2009), Elizabeth H. Blackburn (Prémio Nobel de Medicina em 2009), Emmanuelle Charpentier (Prémio Nobel de Química em 2020) e Jennifer A. Doudna (Prémio Nobel de Química em 2020).