A cefaleia em salvas é uma dor de cabeça forte e distingue-se através de dores de cabeça hemicranianas, que se fazem sentir sobretudo na área do olho e da têmpora.
A designação “Cluster“ quer dizer agrupamento e surgiu devido ao facto das cefaleias em salvas aparecem com regularidade e em crises agrupadas durante algumas semanas até meses, por exemplo, na primavera ou no outono, voltando a desaparecer por completo algum tempo depois. Uma velha designação para a cefaleia em salvas, ou dores de cabeça cluster, é síndrome Bing-Horton.
O ponto mais forte das dores de cabeça hemicranianas encontra-se regra geral à volta do olho, sendo possível irradiar para o maxilar ou para a parte de trás da cabeça.
As cefaleias em salvas apresentam simultaneamente os seguintes sintomas:
Olho vermelho ou lacrimejante do lado da dor
Pálpebra descaída
Nariz entupido ou a pingar
Desassossego corporal com vontade de movimento
Transpiração intensa no rosto
Nas cefaleias em salvas um ataque de dores de cabeça dura entre 15 minutos a 3 horas, surgindo com frequência durante o sono sempre a horas idênticas, impedindo o mesmo. O intervalo entre os ataques da cefaleia em salvas é de dois dias a apenas algumas horas. Se a fase de dores de cabeça volta de novo a dissipar-se, os ataques tornam-se mais raros e acabam por desaparecer por completo, até voltarem a aparecer alguns meses ou anos depois. A relação entre homens e mulheres afetadas é de 3:1.
Devido à sua semelhança com outros tipos de dores de cabeça, como, por exemplo, a enxaqueca, as cefaleias em salvas permanecem frequentemente durante anos sem serem diagnosticadas. Isto é especialmente difícil para os doentes, uma vez que, devido às dores, ficam fortemente limitados na sua qualidade de vida.
Durante um episódio de cefaleias em salvas ficam praticamente incapazes de trabalhar, a longo prazo ficam incapazes de exercer uma atividade profissional e com depressões.