Liderado pela ADRITEM – Associação de Desenvolvimento Regional Integrado das Terras de Santa Maria, com sede em Oliveira de Azeméis, no distrito de Aveiro, o projeto visa dinamizar a rede de povoados classificados como “Aldeias de Portugal” com o envolvimento da sua comunidade a agentes locais, apostando em recursos endógenos e diferenciadores como património edificado, gastronomia e paisagem ambiental, avança a Lusa.
Emídio Sousa, presidente da direção da ADRITEM, disse hoje à Lusa que “este prémio para o recente ‘Projeto de Cooperação Aldeias de Portugal’, que foi liderado pela ADRITEM e envolve 16 grupos de ação local de todo o país, tem origem no conceito ‘Há Festa na Aldeia’, que começou em Porto Carvoeiro com a intenção de potenciar o atrativo das nossas aldeias no Verão, com tradições locais, jogos antigos e comida típica”.
O sucesso das primeiras edições do “Há Festa na Aldeia” levou depois a ADRITEM a disseminar o conceito por outras aldeias portuguesas e, segundo Emídio Sousa, isso vem ajudando, em complemento com outras atividades e projetos, a “tornar o interior e as zonas rurais do país mais atrativas e convidativas, o que, motivando mais visitas, também ajuda ao desenvolvimento económico dessas comunidades”.
Teresa Pouzada, diretora executiva da ADRITEM e também presidente da Associação do Turismo de Aldeia, que detém a marca “Aldeias de Portugal”, explica que o concurso European LEADER Awards analisou candidaturas de diversos países, todas por entidades públicas ou privadas com financiamento desse programa no período concreto de 2014 a 2020.
“Todos os projetos a concurso tinham que já estar concretizados ou em curso, e o júri internacional escolheu como o melhor aquele que a ADRITEM propôs, enquanto líder e mentora do projeto de cooperação que envolveu 61 das 132 ‘Aldeias de Portugal’”, revela.
Lembrando que o projeto “Há Festa na Aldeia” também já foi distinguido pelo programa Portugal Inovação Social, Teresa Pouzada realça que esse conceito de participação e envolvimento inspirou muitos dos produtos e das estratégias posteriores da rede “Aldeias de Portugal” e realça que esses “têm sempre como protagonistas os agentes locais” de cada território, como é o caso de municípios, juntas de freguesia, associações, coletividades e moradores.
Ao certificar a genuinidade dos territórios distinguidos com essa marca, precisamente com base em metodologias e princípios da abordagem LEADER, o selo “Aldeias de Portugal” pretende valorizar os recursos e potencialidades de cada povoado, envolvendo a respetiva comunidade e seus agentes num projeto comum de desenvolvimento integrado.
“A nossa intenção é muito simples e clara: melhorar a qualidade de vida da população de cada aldeia e preservar o culto das vivências e tradições rurais portuguesas, ajudando a proteger todo o património rural”, conclui Teresa Pouzada.