Em Portugal, quase metade das crianças entre os cinco e os 12 anos não têm aplicações de controlo parental instaladas nos dispositivos que utilizam. A conclusão é de um inquérito realizado pela Dashlane, segundo a qual os dados obtidos são particularmente preocupantes considerando que oito em cada 10 crianças deste grupo etário tem pelo menos um equipamento eletrónico com acesso à internet.
O estudo, realizado com base nas respostas dos pais de 105 crianças, mostra que o tablet é o dispositivo mais comum (66,7%), seguindo-se o smartphone (57,1%) e o computador (50%).
Quanto ao tipo de utilização dada a estes equipamentos, a maioria (84,5%) das crianças que tem um ou mais dispositivos eletrónicos privilegia os jogos. De acordo com os pais, os vídeos são a segunda atividade mais popular (78,6%), à frente da música (42,9%), da troca de mensagens (27,4%), das redes sociais (21,4%) e das chamadas telefónicas (11,9%). Segundo a Dashlane, “a utilização para fins escolares tem muito pouca expressão”.
Já no que ao controlo parental diz respeito, a Dashlane descobriu que mais de 11% das crianças com dispositivos eletrónicos não foram abordadas pelos seus pais sobre o tema da segurança online.
Embora as respostas dos pais indiquem que 90% das crianças vê o tempo que passa nos dispositivos controlado, esse mesmo controlo não é feito a partir de uma aplicação específica. Quase 41% das crianças entre os cinco e os 12 anos não vê o seu histórico verificado pelos pais. Entre os cinco e os seis anos, esta proporção sobe para 46,7%.
(artigo originalmente publicado no site Marketeer)