Ao longo da história da literatura, muitos autores utilizaram o pseudônimo para encobrir sua identidade e poder partilhar sua obra literária com o mundo sem serem atacados pelo sistema. Para as escritoras, usar um pseudônimo masculino significava, em muitos casos, poder publicar, depois de suas obras terem sido rejeitadas por preconceito sexista.
Jane Austen
Uma das maiores escritoras de língua inglesa. Diz-se que esta famosa autora nunca assinou nenhuma de suas obras. Contudo, muitos negam esta versão, pois Austen gozava de reconhecimento na sociedade britânica de seu tempo graças à sua presença intelectual que marcou um forte padrão nos seus contemporâneos.
Eva Canel
Eva Canel foi uma jornalista e viajante espanhola que é lembrada muito menos do que realmente deveria ser. Ela usou os pseudônimos Ibo Maza e Fray Jacobo na esperança de que sua obra literária fosse levada a sério.
As irmãs Brontë
Certamente se falarmos sobre Currer, Ellis e Acton Bell não são nomes muito familiares, mas se mencionarmosCharlotte, Emily e Anne Brontë lembramos quase imediatamente os nomes das três autoras britânicas que também são irmãs. Essas mulheres da literatura deram vida a grandes clássicos como ‘Jane Eyre’ de Charlotte, ‘Wuthering Heights’ de Emily e ‘Agnes Grey’ de Anne. Porém, como era de se esperar na sociedade machista de sua época, elas não tiveram facilidade para publicar os seus livros e tiveram que usar nomes masculinos para que seus trabalhos chegassem a milhões de leitores em todo o mundo.
Carmen de Burgos
Carmen de Burgos é uma escritora de quem muito se tem falado nos últimos anos. Isso teria acontecido se ele não tivesse ousado publicar os seus livros sob um pseudónimo masculino? Talvez não. Gabriel Luna e Perico de los Palotes foram os nomes que ele escolheu para assinar muitos dos seus textos.
Louisa May Alcott
Escritora norte-americana não goza de muita popularidade hoje porque assinava suas primeiras criações como AM Barnard. No entanto, o seu nome chegaria ao cinema graças às inúmeras adaptações que sua obra teve, entre elas as que receberam o seu best-seller Little Women.
Matilde Cherner
Em 1850, o autor, Rafael Luna parecia evasivo e misterioso. Soube-se depois que não era um homem, mas uma escritora. Seu nome: Matilde Cherner, poetisa que nasceu em Salamanca em 1833.
Amantine Dupin
George Sand foi o pseudónimo masculino com o qual a baronesa francesa apresentou obras como ‘O Marquês de Villemer’. Dupin chegou a desafiar a sociedade de seu tempo vestindo-se de homem para circular livremente em lugares proibidos para senhoras. A autora conviveu com personagens como Victor Hugo, o compositor Franz Liszt, o pintor Eugène Delacroix e os escritores Heinrich Heine, Balzac, Gustave Flaubert e Júlio Verne.
Colette
Sidonie-Gabrielle Colette deixou uma marca profunda na literatura francesa do século XX. Chegou a ser considerada uma das maiores musas, famosa na sociedade literária como Gauthier, apelido do seu primeiro marido Henry Gauthier-Villars. Poucas mulheres eram aceitas na Academia Goncourt, associação literária francesa que Colette, após passar por inúmeros maus-tratos e tristezas devido a uma relação amorosa abusiva, passou a presidir.
Mary Anne Evans
Poucas vidas são mais fascinantes na Inglaterra vitoriana do que a de Mary Anne Evans. Nasceu numa família religiosa e aristocrática, e opôs-se a todos os preconceitos. Mais tarde, construiu uma linha de pensamento autêntica fundamentalmente famosa pelo seu agnosticismo e sua paixão pela liberdade.
María Luz Morales
María Luz Moralesfoi a primeira jornalista cultural espanhola. Foi também a primeira mulher a dirigir um jornal, o La Vanguardia, em 1936. Contudo, foi dispensada do trabalho durante o regime de Franco. Posteriormente, continuou a trabalhar anonimamente, tornando-se numa das jornalistas mais influentes do jornalismo espanhol.