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Conheça a história do herói sueco que salvou milhares de judeus e que desapareceu no final da Segunda Guerra Mundial

A Casa das Letras edita na próxima terça-feira, 14 de Maio, “O Caso Wallenberg”, da jornalista sueca Ingrid Calberg, a história do herói que salvou milhares de judeus, desafiou os nazis, foi preso pelos soviéticos e desapareceu misteriosamente nos últimos meses da II Guerra Mundial.

8 Maio 2024
Sandra M. Pinto

Esta premiada biografia, galardoada com o Axel Hirsch Prize, atribuído pela Academia Sueca, que reconheceu “o elevado valor histórico do seu contributo”, apresenta, pela primeira vez, a história completa de Raoul Wallenberg, uma das figuras mais inspiradoras do século XX.

Ingrid Carlberg consultou arquivos oficiais de vários países, documentação privada, e entrevistou cerca de 70 testemunhas para contar uma história extraordinária. Quando Raoul Wallenberg assumiu o cargo de secretário da missão sueca em Budapeste aos 32 anos, em junho de 1944, os exércitos de Hitler já tinham aniquilado a maioria das mais importantes comunidades judaicas da Europa, Ao receber autorização do Ministério das Relações Exteriores da Suécia para emitir 1500 passaportes para judeus, conseguiu elevar esta cota para 4500 e, no final, triplicou os números. Wallenberg montou uma equipe de 400 funcionários – dos quais 250 eram judeus e ele próprio não dormia mais do que quatro horas por noite.

O diplomata instalou hospitais, berçários, cozinhas coletivas e casas seguras em Budapeste para ajudar os judeus. Intercedeu pessoalmente junto aos nazis para impedir as deportações em massa, como em dezembro de 1944, quando soube que os alemães pretendiam matar os 70 mil judeus que ainda viviam no gueto central de Budapeste. Segundo fontes húngaras, durante os seis meses em que atuou em Budapeste o diplomata sueco foi responsável pela sobrevivência de 100 mil judeus, seja emitindo passaportes, ajudando os prisioneiros a saírem dos comboios da morte e distribuindo alimentos e medicamentos.

Depois de arriscar a vida a salvar judeus do Holocausto; depois desapareceu em circunstâncias que, até hoje, continuam por explicar. Detido pelas autoridades soviéticas, a 17 de janeiro de 1945, Wallenberg jamais voltaria a ser visto. O que aconteceu ao sueco assim que os alemães foram expulsos de Budapeste e os russos assumiram o poder?

Em 1981, Wallenberg foi a segunda pessoa do mundo a tornar-se cidadão honorário dos Estados Unidos, depois de Winston Churchill. Também é cidadão honorário de Israel, do Canadá e da Austrália. Nomeado «Justo entre as Nações» pelo Estado de Israel, no verão de 2014, foi agraciado com a Medalha de Ouro do Congresso dos EUA pela sua conduta heróica durante o Holocausto.

“Wallenberg é uma figura tão importante para todos nós, sobretudo hoje, quando a intolerância volta a projetar a sua imensa sombra sobre todo o mundo. Demonstrou que todos – independentemente da posição e da capacidade – podemos fazer a diferença. Mostrou-nos que a luta pela igualdade entre os homens não pode ser deixada apenas aos governos ou à teoria política. Wallenberg entendeu que se trata de uma responsabilidade individual e agiu em conformidade.” Kofi Annan

INGRID CARLBERG nasceu na Suécia, em 1961, e é jornalista. Licenciada em Ciência Política e Economia, pela Uppsala Universitet, trabalhou vários anos para o Dagens Nyheter, o maior jornal diário sueco, e antes disso para o Maktutredningen, uma comissão de pesquisa independente sobre as relações de poder e democracia na Noruega. Estreou-se como autora infantojuvenil, em 2002, mas foi com The Phill, uma não-ficção, que conquistou maior sucesso, em 2008. A edição sueca de O Caso Wallenberg recebeu o August Prize, para melhor obra de não-ficção, e o Axel Hirsch Prize, atribuído pela Academia Sueca, que reconheceu «o elevado valor artístico e histórico do seu contributo». Este é o seu primeiro livro editado em Portugal.

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