Mas quando há uma convergência entre pólen e as, cada vez mais frequentes, poeiras do Saara a fasquia eleva-se. Ainda está a ser estudado o porquê da deslocação destas poeiras, mas é um facto que os episódios têm vindo a aumentar e, acredita-se que poderá haver uma relação não só com as alterações climáticas e como com a mudança de alguns padrões meteorológicos. Contudo, e independente da conclusão que se venha a verificar, é algo com que teremos de aprender a viver da melhor forma.
Em 2019, um estudo publicado na revista científica International Journal of Occupational Medicine, salienta que as pequenas partículas (como as que chegam do Saara – poluente PM10) são respiráveis e, por isso, entram em contacto direto com o trato respiratório, podendo causar distúrbios respiratórios e não só.
A questão que se coloca é: as alergias vão piorar com estes fenómenos? Especialistas dizem que sim uma vez que os fatores que contribuem para o aparecimento da doença alérgica podem ser intrínsecos, mas também ambientais e conduzem a irritação das vias aéreas e sua inflamação. Os fatores ambientais, como a qualidade do ar, interior (podem propiciar o desenvolvimento de fungos e ácaros do pó doméstico que se associam com o aumento da frequência e gravidade da doença alérgica respiratória) e exterior, a poluição, fumo do tabaco, entre outros, são fatores reconhecidos enquanto agravantes para desencadeamento da sintomatologia alérgica.
As recomendações para estes momentos são as que têm vindo a ser amplamente divulgadas: para a população em geral, evitar esforços prolongados, limitar a atividade física ao ar livre, e para os grupos de risco, e sempre que viável, permanecer no interior dos edifícios e, preferencialmente, com as janelas fechadas. Mas para tal é essencial que a qualidade do ar interior não esteja contaminada. Em cada dia, os seres humanos respiram até 9000 litros de ar[1] e (mesmo antes de 2020) chegavam a passar 90% do seu tempo no interior de recintos fechados[2]. À medida que as nossas casas se tornam cada vez mais nos espaços onde trabalhamos e nos exercitamos, bem como onde dormimos e nos divertimos, a qualidade do ar que respiramos em todos os aspetos da nossa rotina não é negociável. Existem várias fontes de poluição interior, que libertam poluentes como PM10, PM2.5, COV, NO2 e formaldeído para o ar. As fontes de poluição estão presentes em todos os aspetos da nossa vida quotidiana, quer seja PM2.5 emitido quando se cozinha, COV libertados de produtos de limpeza ou desgaseificação contínua de formaldeído causada pelos móveis da nossa sala de estar.
Felizmente, existem atualmente opções para ajudar a aliviar e gerir os efeitos desconfortáveis das poeiras e das alergias ao pólen. A Dyson partilha algumas sugestões evitar o agravamento dos seus sintomas:
- Antecipar crises de alergia
Diferentes tipos de pólen provocam reações em diferentes pessoas. Algumas pessoas são alérgicas ao pólen das árvores (primavera); outras têm um problema com o pólen das gramíneas (verão), entre outras. Evitar atividades ao ar livre quando as contagens de pólen são elevadas ajuda muito a reduzir o aparecimento de sintomas de alergia. Ficar em casa antes, durante e imediatamente após as trovoadas e manter as janelas fechadas também pode reduzir a sua exposição aos alergénios de pólen. Compreender o tipo de pólen que desencadeia os seus sintomas de alergia e quando atinge o pico permite-lhe antecipar os surtos de alergia e tomar medidas preventivas para minimizar os sintomas de alergia.
- Procure potenciais fatores de desencadeamento em sua casa
De acordo com o Dyson Global Dust Study, apenas 1 em cada 10 pessoas pensa que o pólen constitui pó doméstico. As partículas de pólen podem aderir ao cabelo, à roupa e até aos animais de estimação e ser trazidas para dentro de casa. Tirar os sapatos antes de entrar em casa e mudar de roupa imediatamente reduz a probabilidade de as partículas de pólen que ficaram agarradas a eles se espalharem pela casa.
Não se esqueça de trocar / lavar regularmente a roupa da sua cama pois o pólen e as poeiras andam agarradas a tudo.
Felizmente, existem atualmente muitas opções para ajudar a aliviar e gerir os efeitos desconfortáveis das alergias ao pólen.
- Janelas fechadas. Purificadores ligados.
Como a contagem de pólen é mais elevada durante as manhãs e as noites, manter as janelas fechadas durante este período é fundamental para evitar que entrem em sua casa. Os purificadores de ar combatem a poluição que não podemos ver. A maioria é projetada com um filtro e um ventilador para absorver a mistura de ar interno e circular o ar limpo do lado de fora.
Ao dia de hoje muitas são as ações que nos podem ajudar para que na nossa casa possamos respirar o ar mais saudável possível, criando um espaço seguro contra os compostos nocivos que estão constantemente a aumentar no ar exterior. É essencial adquirir e manter hábitos de limpeza para manter os poluentes à distância.