A Escócia, optou por um animal emblemático surpreendente: o unicórnio. Ao contrário do que se poderia esperar, como a vaca ruiva Highland ou o pónei Shetland, o unicórnio foi escolhido como símbolo nacional escocês por uma razão intrigante ligada à história dos antigos reis do país.
A associação do unicórnio com a Escócia remonta aos primeiros reis escoceses, especialmente a Guilherme I, conhecido como Guilherme, o Leão, que governou no século XII. Diz-se que Guilherme adicionou o unicórnio ao brasão real escocês, juntamente com o icónico leão rampante. Essa escolha era representação de poder e força, pois a criatura mítica simbolizava coragem e virtude, elementos considerados essenciais para os monarcas.
Outro exemplo marcante é a emissão de moedas conhecidas como “unicórnio” e “meio unicórnio” durante o reinado de Jaime III, em 1484. Essas moedas de ouro, com o seu distinto desenho de um unicórnio, serviram como poderosos símbolos de status e identidade nacional.
O unicórnio não era apenas uma escolha simbólica, mas também refletia conflitos e rivalidades históricas. Muitos historiadores acreditam que a posição como inimigo lendário do leão, símbolo da Inglaterra, pode ter sido um gesto simbólico em relação às hostilidades entre Escócia e Inglaterra.
Além disso, as representações artísticas e as moedas antigas da Escócia evidenciam a importância do unicórnio como um símbolo nacional duradouro. Mesmo após séculos, essa figura única continua a ser uma parte integrante da identidade escocesa, e reflete a coragem, a pureza e a rica herança do país.