Portugal pode e deve juntar forças com a rede global de participantes relevantes nesta iniciativa para abordar a falta de acesso a cuidados para a saúde da visão, quanto ao erro refrativo.
“Em Portugal, mais de 6 milhões de pessoas experienciam limitações devidas ao erro refrativo e centenas de milhares esperam anos para receber os cuidados para a saúde da visão que tanto necessitam. O investimento de 1 euro em cuidados para a saúde da visão retorna 9 euros em produtividade. A visão é central na prestação de cuidados de saúde e só não vê isso, quem não quer ver” afirma Raúl de Sousa, Presidente da Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO), Entidade de Utilidade Pública.
O erro refrativo não corrigido é a principal causa de deficiência visual na população infantil e adulta. Globalmente, estima-se que apenas 36% das pessoas com deficiência visual ao longe devido a erro refrativo tenham acesso a óculos apropriados, enquanto mais de 800 milhões de pessoas têm uma deficiência de visão ao perto (presbiopia) que poderia ser abordada com óculos de leitura.
A APLO apoia totalmente a SPECS 2030, tendo em conta que a deficiência visual e cegueira evitável por falta de acesso as consultas para a saúde da visão e aos óculos necessários para o erro refrativo continua a ser uma realidade em Portugal. Para combater este problema, a APLO apela às entidades governativas e todos os intervenientes relevantes da área da Optometria para que contribuam para a promoção de medidas que assegurem que ninguém sofre destas condições por escassez de apoios e recursos.