Como sabemos bem existem algumas coisas que tornam a perda de peso mais difícil após o atingir da meia-idade. Um metabolismo mais baixo, articulações e massa muscular mais enfraquecidas e até problemas de sono, são tudo fatores que podem interferir com o seu ideal peso corporal. No entanto é especialmente importante nesta fase da vida garantir que não se têm excesso de peso, de forma a reduzir o risco de aparecimento de alguns graves problemas de saúde, como a diabetes, o cancro ou o ataque cardíaco.
Em alguns casos, um regime de jejum intermitente pode ser um importante aliado para todas as mulheres mais envelhecidas que desejem manter um bom estado de saúde, minimizando alguns problemas indesejados.
Como funciona?
Bom, um regime de jejum intermitente não obriga a que deixe de comer por completo; nem lhe dá carta branca para comer o que quiser quando o período de jejum acabar. No fundo o que se pretende criar são janelas bastante bem definidas de quando pode (e não pode) comer.
A maior parte das pessoas escolhe um regime em que passam diariamente entre 12 a 16 horas sem comer. Depois desse período deverão retomar com normalidade as suas refeições. O mais importante é que encontre um regime que funcione para si. Eis alguns exemplos:
• Jejum de 12 horas. Aqui basta que ao acordar não coma pequeno-almoço e apenas tome a sua primeira refeição à hora de almoço. Em alternativa, pode preferir “saltar” o jantar e quaisquer snacks noturnos e comer o seu pequeno-almoço.
• Jejum de 16 horas. É provável que consiga obter resultados mais rápidos com este tipo de jejum. Aqui só irá ingerir duas refeições e um snack durante um período de 8 horas por dia. O resto é passado em jejum. Pode definir o seu período alimentar por exemplo entre o meio dia e as 20h ou entre as 8h e as 16h.
• Jejum 5-2. Caso não queria ter diariamente um regime de jejum intermitente, pode experimentar respeitá-lo apenas durante os 5 dias da semana e depois ao fim-de-semana regressar a uma dieta alimentar mais normal.
Porque funciona?
Para algumas pessoas este sistema tem resultados muito eficazes simplesmente porque ajuda a diminuir a quantidade de calorias que se ingere por dia. Ao definir período muito rígido para se comer, o mais provável é que as pessoas apenas consigam ter tempo para duas refeições e um snack. Tornamo-nos mais atento aquilo que ingerimos e por isso tendemos a fazer escolhas mais saudáveis.
Por outro lado, vários especialistas apontam para os benefícios que a abstinência regular de consumo calórico durante algumas horas pode trazer para o organismo. Algumas alterações metabólicas provocadas por este sistema podem contribuir positivamente para o seu bem-estar.
5 principais benefícios do jejum intermitente
1. Ajuda a perder peso
Muitas pessoas aderem a este sistema com o objetivo de perder peso. Para além de assegurar que ingere menos refeições por dia, um jejum intermitente aumenta a produção hormonal, facilitando a perda de peso. Níveis mais baixos de insulina, índices mais altos de hormonas de crescimento e aumento da produção de noradrenalina são tudo fatores que aumentam a capacidade do organismo transformar as gorduras em energia
2. Ajuda a reduzir o risco de diabetes
A diabete tipo 2 tornou-se um problema grave de saúde para as sociedades ocidentais nas últimas décadas. As evidências apontam para que os altos níveis de açúcar no sangue possam ser reduzidos por uma dieta que promova jejuns intermitentes
3. Reduz o stress oxidativo e a inflamação do organismo
O stress oxidativo é um dos maiores perigos que pode acelerar o envelhecimento prematuro e o aparecimento de doenças crónicas. Esta é uma condição biológica que envolve uma interação pouco estável entre moléculas e que pode acabar por causar danos a algumas delas. Diversos estudos têm vindo a mostrar que o jejum intermitente pode favorecer a capacidade do organismo resistir a este tipo de stress oxidativo.
4. Favorece o processo de reparação celular
Sempre que iniciamos um jejum, as células no nosso corpo começam um processo de remoção de “lixo” ou excesso, chamado autofagia. Este é um processo no qual as células se “partem” e voltam a metabolizar com algumas proteínas disfuncionais que se formam no seu interior ao longo do tempo. Isto cria uma maior proteção contra algumas doenças, tais como o cancro ou o Alzheimer.
5. Pode contribuir para aumentar a sua esperança média de vida
Estudos em ratos de laboratório têm vindo a demonstrar que um jejum intermitente pode contribuir para aumentar o número de anos de vida, através de uma ação semelhante a que uma continua restrição de calorias pode ter no organismo. Alguns deste estudos apontavam para um aumento impressionante de 83% nos anos de vida dos ratos que jejuaram. Sendo certo que tudo isto está ainda longe de ser provado nos seres humanos, a verdade é que o jejum intermitente se tornou bastante popular junto da comunidade sênior. Dadas as alterações benéficas no metabolismo provocadas por este regime alimentar, é natural pensar que este nos possa ajudar a viver uma vida mais longa e mais saudável.