Partilhar

Esclerose Múltipla: que fatores podem causar a doença?

A doença afeta 2,8 milhões de pessoas no mundo.

7 Agosto 2024
Forever Young

As causas da esclerose múltipla ainda são desconhecidas, mas os cientistas acreditam que é desencadeada por uma combinação de fatores genéticos e ambientais.

A esclerose múltipla é um transtorno que afeta o sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal). Faz parte das doenças autoimunes, quando o sistema imunológico do corpo ataca células saudáveis. Aqui, as células de defesa do organismo atacam a bainha de mielina, uma capa de gordura que reveste os axónios — parte dos neurónios através do qual são transmitidos os impulsos nervosos. Esse dano causa problemas de comunicação entre o cérebro e o resto do corpo, provocando os sintomas da doença.

Os sintomas da esclerose múltipla ocorrem em crises. Geralmente, nos primeiros anos da doença, os sintomas surgem e desaparecem espontaneamente depois de algumas semanas, e a pessoa recupera sem sequelas. Nessa fase, com tratamento adequado, a pessoa pode ter longos períodos de remissão sem novas crises. Porém, com o passar dos anos, muitos doentes não se recuperam plenamente das crises e passam a acumular sequelas, como perda visual definitiva e maior dificuldade para andar.

Embora a doença não tenha cura, os tratamentos disponíveis ajudam a acelerar a recuperação das crises, modificar o curso da doença e controlar os sintomas.

Os sinais e sintomas da esclerose múltipla variam de pessoa para pessoa e dependem da localização dos neurónios comprometidos. Os locais no sistema nervoso, que são alvo preferencial da perda de mielina característica da doença, são o cérebro, o tronco cerebral, os nervos ópticos e a medula espinhal. Os sinais e sintomas mais frequentes da EM incluem:

Alterações ligadas à fala e deglutição – como fala arrastada e dificuldade para engolir;

Fadiga – cansaço intenso e momentaneamente incapacitante;

Transtornos cognitivos – pode haver compromisso da memória e dificuldade para executar tarefas;

Transtornos emocionais – como depressão, ansiedade, irritabilidade;

Problemas no trato urinário e intestinal – bexiga hiperativa, prisão de ventre, urgência fecal;

Transtornos visuais – como visão embaçada ou dupla, perda do brilho das cores e até perda da visão;

Problemas de equilíbrio e coordenação – inclui instabilidade ao caminhar, vertigens e fraqueza nos membros;

Rigidez excessiva – de algum membro do corpo.

Os cientistas tentam descobrir o que causa a esclerose múltipla. Existem pesquisas em andamento nas seguintes áreas:

Imunologia – estudo do sistema imunológico do corpo;

Epidemiologia – estudo dos padrões de doenças em grandes grupos de pessoas;

Genética – para identificar as alterações nos genes de pessoas que desenvolvem EM;

Agentes infecciosos – como vírus.

Acredita-se que a esclerose múltipla é causada por uma combinação de fatores, incluindo predisposição genética (com alguns genes que regulam o sistema imunológico já identificados) e fatores ambientais, tais como infecções virais, deficiência de vitamina D, tabagismo e obesidade.

Fatores imunológicos
A esclerose múltipla é consequência de uma resposta imune anormal que provoca inflamação e danos no sistema nervoso central. Muitas células podem provocar essa resposta imune anormal. Duas importantes delas são as células T e as células B:

Células T – são ativadas no sistema linfático (linfonodos) e acedem ao cérebro e medula espinhal através dos vasos sanguíneos. Uma vez ali, libertam substâncias que provocam inflamação e danos à mielina, aos neurónios e às células que produzem mielina. As células T são importantes para ajudar a ativar as células B e atrair outras células imunes. Células T reguladoras, um tipo de célula T, trabalha de forma contrária, desligando a inflamação. Na EM, as células T reguladoras não funcionam corretamente e não desligam efetivamente a inflamação.

Células B – ativadas com a ajuda das células T, produzem anticorpos e estimulam outras proteínas. Na esclerose múltipla, as células B causam danos ao sistema nervoso central.

Fatores ambientais
Fator geográfico – os pesquisadores perceberam que a esclerose múltipla ocorre com mais frequência em áreas distantes do Equador. Também notaram que pessoas nascidas numa área com alto risco de EM que migram para uma região ou país com menor risco antes da idade de 15 anos passam a ter o risco da sua nova região. Esses dados sugerem que a exposição a algum agente ambiental antes da puberdade pode predispor uma pessoa a desenvolver a doença.

Deficiência de vitamina D – ter baixos níveis de vitamina D no sangue por um período prolongado foi identificado como um fator de risco para o desenvolvimento da esclerose múltipla. A vitamina D contribui para a função imunológica e pode proteger contra doenças autoimunes.

Tabagismo – estudos demonstraram que o hábito de fumar aumenta o risco de desenvolver esclerose múltipla e de ter formas mais graves da doença.

Obesidade – vários estudos apontaram que a obesidade na infância e adolescência, principalmente em meninas, aumenta as possibilidades de esclerose múltipla futura. A obesidade no início da idade adulta também pode ser um fator de risco.

Fatores infecciosos
Uma variedade de agentes infecciosos pode estar associada ao desenvolvimento da esclerose múltipla, com destaque para dois tipos de vírus, pois pesquisas indicaram que infecção anterior por eles aumenta o risco de esclerose múltipla.

Fatores genéticos
Pessoas com parentes de primeiro grau (pais, irmãos e filhos) com esclerose múltipla possuem maior probabilidade de receber o diagnóstico.

Mais Recentes

Espondilartrite axial: a doença que não tem cura, mas que tem tratamento

há 16 minutos

Infarmed manda retirar do mercado todos estes produtos cosméticos: «não cumprem com os requisitos», refere a entidade

há 29 minutos

À medida que envelhecemos os nossos arrependimentos estão relacionados com as oportunidades que não aproveitámos: 5 formas de se livrar desse sentimento

há 37 minutos

Tenha uns lábios de sonho por menos de 3 euros: basta usar este delineador de lábios (perfeito) da Mercadona

há 56 minutos

Sintomas da menopausa podem estar ligados com o desempenho cognitivo, é o que revela este estudo

há 1 hora

Descobrimos qual é o signo mais raro e estamos prestes a revelar: será que é o seu?

há 2 horas

A doença que afeta quase metade dos homens com mais de 50 anos mas da qual ninguém fala

há 2 horas

Conjuntivite alérgica: fique a par dos sintomas da doença que pode afetar toda a sua família

há 2 horas

E se lhe dissermos que, se jogar estes jogos, não só atrasa o envelhecimento cerebral como evita doenças, parece-lhe bom demais?

há 3 horas

É tudo uma questão de bom-senso e alguns cuidados: saiba como passar dos 50 anos (e chegar aos 65) o mais saudável possível

há 3 horas

Está a chegar a época delas: está preparado para as constipações? 8 sinais (subtis) aos quais deve tomar atenção

há 3 horas

Descobrimos a coleção de vernizes mais irresistível para este outono (e queremos partilhar a novidade)

há 5 horas

Tivoli Palazzo Gaddi abre as suas portas no centro histórico de Florença

há 5 horas

Testemunho contra o esquecimento: “O Dia Que Mudou Israel” relembra o 7 de outubro

há 5 horas

Marca de moda oferece voucher de 20 euros aos primeiros 50 clientes que visitarem o seu novo espaço

há 5 horas

Rico em vitamina C: descubra os 10 (incríveis) benefícios do limão para a saúde

há 5 horas

Depois dos 50 anos esta é a pergunta que se impõe fazer: crise da meia-idade será mito ou realidade?

há 5 horas

Finanças pessoais: conheça os 6 imprevistos financeiros mais comuns e as melhores formas de se prevenir

há 5 horas

Proteja a saúde do seu coração acrescentando estes alimentos à sua rotina alimentar

há 6 horas

Se tem o hábito de sacudir os seus tapetes à janela é melhor parar: vejamos o que diz a lei

há 6 horas

Subscreva à Newsletter

Receba as mais recentes novidades e dicas, artigos que inspiram e entrevistas exclusivas diretamente no seu email.

A sua informação está protegida por nós. Leia a nossa política de privacidade.