McFadden tornou-se um ícone da moda nova-iorquina não só pelas criações, mas também pelo estilo pessoal: sempre com o rosto coberto de maquilhagem branca e o cabelo cortado curto.
Na Mary McFadden Inc, empresa que dirigiu de 1976 a 2002, desenhou vestidos plissados, que, afirmava a estilista, caíam “como ouro líquido” pelo corpo da mulher, fazendo lembrar o estilo dos anos 1920.
O mais peculiar destes modelos era o material, pois eram feitos de um tecido sintético que vinha da Austrália e era depois tingido no Japão. Patenteou este tecido em 1975 e chamou-lhe Marii.
Nos desenhos, McFadden pegou em símbolos de diferentes culturas que conheceu em muitas viagens.
“As suas roupas não reflectiam apenas estilos e interesses próprios, mas eram uma extensão da forma como existia no mundo”, referiu a Vogue sobre McFadden, que morreu na sexta-feira na residência em Long Island (Nova Iorque).
Foi a primeira mulher presidente do Council of Fashion Designers of America, cargo que ocupou de 1982 a 1983.
McFadden, que se casou várias vezes, era uma mulher apaixonada pela arte.
Aos 16 anos, a avó ofereceu-lhe três pulseiras de diamantes. Poucos anos mais tarde, em 1958, conheceu Salvador Dalí num cocktail em Nova Iorque e fez um acordo com ele: os diamantes em troca de algumas das obras do pintor, noticiou no sábado o jornal The New York Times.
Em 2009, os desenhos de McFadden foram expostos no National Museum of Women in the Arts, em Washington, bem como nas galerias do Moore College of Art & Design, em Filadélfia, e do Massachusetts College of Art and Design, em Boston.
O seu trabalho é atualmente objeto da exposição “Modern Ritual: The Art of Mary McFadden” na Drexel University, em Filadélfia.