Este estudo que agora foi noticiado, sugere que «uma maior exposição à poluição atmosférica ao longo dos anos pode aumentar o risco de as pessoas desenvolverem a doença de Parkinson mais tarde», referem os responsáveis.
Nas últimas décadas, os cientistas têm vindo a analisar as potenciais ligações entre a poluição atmosférica e a doença degenerativa incurável, «em que as células nervosas se deterioram na parte do cérebro que controla o movimento, provocando um discurso arrastado, tremores e rigidez».
Dizem os especialistas que a doença de Parkinson «é causada por uma combinação de fatores genéticos e ambientais».
Sobre isso sublinham que «um dos potenciais culpados é o PM2.5 – partículas finas que podem percorrer grandes distâncias – porque pode atravessar a barreira hemato-encefálica, causando inflamação e stress oxidativo e levando as células imunitárias do cérebro a ativarem-se para destruírem os agentes patogénicos».
O estudo, publicado na revistaJAMA Network Open, refere que a quantidade de poluição atmosférica que atinge uma pessoa ao longo do do tempo desempenha um papel importante, pelo que «a redução da exposição poderia diminuir os riscos de Parkinson, alterarando a forma como a doença se desenvolve».
«Reduzir a poluição atmosférica pode “não só [prevenir] o desenvolvimento da doença de Parkinson, mas também [melhorar] a qualidade de vida dos pacientes que [já a têm]”, disse à Euronews Health Rodolfo Savica, autor do estudo e neurologista da Mayo Clinic.