A imunização contra a infeção pelo VSR estará disponível em maternidades dos setores público, privado e social para as crianças nascidas entre 15 de outubro de 2024 e 31 de março de 2025; e nas instituições de saúde do SNS para as crianças nascidas entre 01 de agosto de 2024 e 14 de outubro de 2024, e crianças com fatores de risco definidos.
O alargamento a outros grupos será avaliado no futuro, de acordo com a evolução do conhecimento.
A introdução da imunização contra o VSR em idade pediátrica foi anunciada pelo Ministério da Saúde em 12 de agosto, na sequência da proposta da Direção-Geral da Saúde (DGS), que teve em consideração, entre outros fatores, a epidemiologia da infeção em Portugal, o risco acrescido de desenvolvimento de doença grave e hospitalização e a segurança do medicamento.
A norma que concretiza a vacinação contra esta infeção em idade pediátrica, para a época outono/inverno 2024-2025, foi publicada no mesmo dia pela DGS, na qual explica que a recomendação foi feita “tendo em conta a carga estimada da doença por VSR em Portugal e com base na evidência (prova) científica atualmente existente”.
A autoridade de saúde adianta que VSR é uma causa muito comum de infeção em idade pediátrica, responsável por epidemias sazonais anuais que, nos climas temperados, ocorrem geralmente entre outubro e março, coincidindo com outros vírus respiratórios e gastrointestinais, representando uma sobrecarga importante para os serviços de saúde.
“As crianças nos primeiros meses de idade, os prematuros e crianças com algumas doenças crónicas, têm risco acrescido para desenvolver doença grave”, refere a DGS.
Segundo as autoridades de saúde é um vírus muito contagioso, que pode sobreviver várias horas nas mãos ou objetos contaminados, sendo muito comum a transmissão entre irmãos.
Transmite-se com a introdução do vírus através do nariz, olhos ou boca depois do contacto com secreções ou objetos que contêm os vírus, sendo que, geralmente, o período de incubação varia entre dois e oito dias.
Os sintomas mais frequentes são secreções nasais e oculares, tosse, pieira, febre, dificuldade em respirar, prostração e diminuição do apetite.
O Ministério da Saúde refere que esta campanha, que decorre até 31 de março de 2025, operacionaliza uma das medidas prioritárias incluídas no Plano de Emergência e Transformação da Saúde, apresentado pelo Governo em maio de 2024, e representa um investimento estimado de 13,6 milhões de euros.
Em 2022, a Agência Europeia do Medicamento autorizou a utilização de um anticorpo monoclonal de ação longa (nirsevimab) para a prevenção da doença das vias aéreas inferiores causada por este vírus em recém-nascidos e lactentes, durante a sua primeira época de VSR.
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