A sua vida sexual não está tão entusiasmante como antigamente? Não sente uma paixão ou um desejo sexual tão intenso? Então saiba que não está sozinha. A verdade é que as mudanças hormonais que ocorrem normalmente depois dos 50 anos podem afetar a vida sexual de qualquer mulher.
Tal como explica a professora de sociologia Pepper Schwartz (Universidade de Washington) no seu livro “50 Grandes Mitos da Sexualidade Humana” a partir da meia-idade as mulheres produzem inevitavelmente menos estrogênio. Esta situação, em conjugação com outros fatores, pode originar um menor desejo, uma menor frequência do ato sexual, assim como uma menor satisfação.
Muitas mulheres acabam assim por não se sentir tão investidas na prática sexual. No entanto este não deve ser nunca um motivo para desistir. Tal como explica Pepper, isto apenas significa que tem que dar uma maior atenção à prática sexual e à forma como é agora capaz de atingir o orgasmo.
O sexo não tem um prazo de validade, pelo que deve ser apreciado com qualquer idade. Eis um conjunto de dicas e estratégias, recomendadas por especialistas, que prometem ajudar a atingir uma maior gratificação sexual.
- Reduza o consumo de álcool e tabaco
Beber e fumar este tipo de substâncias tem um impacto extremamente negativo na sua vida sexual. Estas substâncias são capazes de estreitar as veias e artérias do nosso organismo, dificultando que a corrente sanguínea chegue até às zonas genitais. Deixar de beber álcool ou fumar tabaco pode contribuir para um melhor orgasmo e para o renascer da sua satisfação sexual.
- Exercício físico
Uma atividade física regular é outro elemento que parece ser fundamental para uma vida sexual mais ativa e prazerosa. De acordo com um estudo da Universidade de San Diego, os homens que começaram a treinar durante uma hora, 3 a 4 vezes por semana, registaram uma maior atividade sexual e orgasmos mais frequentes. Para as mulheres, está igualmente provado que por exemplo 20 minutos de atividade na bicicleta estática pode incrementar o fluxo sanguíneo nos tecidos sanguíneos em mais de 150%. Fazer esta atividade uns minutos antes de iniciar o ato sexual pode facilitar o atingir de orgasmos.
- Utilize um calendário
Quantos mais orgasmos começar a ter mais fácil será atingir esse “pico”. Como tal, a especialista Joan Price recomenda que calendarize pelo menos dois orgasmos por semana, seja com o seu parceiro ou sozinha. Este hábito regular de atingir orgasmos – mesmo que não tenha grande vontade – vai conseguir estimular o seu desejo e facilitar futuros momentos de maior prazer.
- Experimente um vibrador
Quanto mais envelhecemos, mais necessitamos de uma ajuda extra para atingir o mesmo tipo de prazer. Por vezes é mesmo necessária uma maior estimulação, sobretudo na zona do clitóris, pelo que o uso de um vibrador pode ser uma estratégia fundamental.
- Adie os seus jantares
Caso esteja interessada em fazer sexo então um jantar romântico pode não ser a melhor ideia. Fazer sexo depois de jantar pode dificultar o atingir de um orgasmo, visto que o fluxo sanguíneo estará mais concentrado no sistema digestivo e não nas zonas genitais. O melhor é mesmo optar por uma “escapadinha” para o quarto antes de sair de casa.
- Fale sobre o tema
À medida que o nosso corpo evolui e se altera também as nossas necessidades mudam. Se o seu parceiro continua a usar as mesmas técnicas de sempre para a fazer sentir prazer então é provável que os resultados possam já não ser os mesmos. Mantenha sempre uma “linha” de comunicação aberta e ajude o sue parceiro a entender as modificações no seu desejo e nas suas respostas aos mais diferentes estímulos.
- Evite sexo doloroso
Níveis mais baixos de estrogênio podem contribuir para uma maior secura e irritação da zona genital. A sensação de dor é capaz de quebrar a sua capacidade de relaxar, tornando mais difícil a experiência de orgasmo. Aposte no uso de lubrificantes e cremes hidratantes. Adicionalmente pode falar com o seu médico no sentido de pedir uma receita para um suplemento de estrogênio.
- Aprecie a sua individualidade
As mudanças nos nossos relacionamentos ou o aparecimento de problemas de saúde não nos devem nunca impedir de experienciar o prazer sexual. Independentemente do seu parceiro – ou da falta dele – deve continuar sempre a ser capaz de celebrar o seu próprio corpo, encontrando momentos de prazer individual que contribuam para o seu bem-estar.