<br><br><div align="center"><!-- Revive Adserver Asynchronous JS Tag - Generated with Revive Adserver v5.5.0 -->
<ins data-revive-zoneid="25" data-revive-id="6815d0835407c893664ca86cfa7b90d8"></ins>
<script async src="//com.multipublicacoes.pt/ads/www/delivery/asyncjs.php"></script></div>
Partilhar

Aos 84 anos a atriz Isabel Ruth edita hoje o seu primeiro álbum, “Português Suave”

A atriz Isabel Ruth, conhecida sobretudo pela carreira no cinema, edita hoje, aos 84 anos, o primeiro álbum, “Português Suave”, feito de canções simples, genuínas, nas quais canta “o amor que reside em cada um”.

 

A música sempre fez parte da vida de Isabel Ruth, que começou por ser bailarina e desde muito nova ouvia música clássica, antes de entrar no mundo da representação, recordou em entrevista à agência Lusa a atriz de “Verdes Anos” e “Mudar de Vida”, de Paulo Rocha.

Chegou a ter lições de guitarra – três – quando era “muito nova”, mas acabou por desistir. Apesar disso, andou sempre com uma guitarra atrás. “Nunca me separei da guitarra”, contou, recordando que foi quando viveu em Ibiza, na década de 1970, que começou a perceber que “com muitos poucos acordes podia fazer canções”.

“Como é que faço canções? Da mesma maneira que me surgem melodias de que não estou à espera. Por uma razão qualquer, pego na viola a descobrir uns acordes e a melodia não está na guitarra, está na minha cabeça. Depois, como tenho muitas limitações musicais, porque nunca aprendi música, limito-me aos acordes que sei”, partilhou.

Ao vestir a pele de crítica, classifica as canções que faz como “muito genuínas” e com letras “que surgem com a melodia” e “têm muito significado”.

“Acho que é uma música mesmo do coração, das entranhas. É uma coisa mais para uma pessoa ouvir [com atenção] a letra que está lá”, disse.

O tema das canções que estão no disco “é sempre o amor”. “Mas não o amor romântico. O amor. O amor que reside em cada um de nós. Quando falo de amor, estou a falar do amor em mim, não do amor por alguém”, explicou.

Quando escreve poemas, ou letras de canções, Isabel Ruth faz “o elogio ao amor”, até porque “na Arte tudo vem do amor”, “um estado que é pacífico, amoroso, mas pode ser também doloroso”.

“Qualquer inspiração tem sempre que partir de um lado quase que não é palpável. É esse lado nosso que nos transcende. Na música, como na pintura – gosto muito de desenhar – nós vamos em busca da transcendência, sair do quotidiano”, partilhou.

Além das letras, Isabel Ruth é também autora das melodias, que “são muito simples”, e às quais foram depois adicionados os arranjos, que são como “a folhagem que se junta às rosas num ‘bouquet’”.

Quando começou a criar canções, a atriz fê-lo sem qualquer pretensão de um dia as editar. “Fazia canções como faço desenhos”, disse.

Mas há uns 15 anos acabou por decidir mostrar o que fazia ao responsável de uma editora, que “achou que havia ali qualquer coisa, mas desistiu”.

O processo foi moroso. Fez várias tentativas, teve “muita gente interessada”, mas por uma razão ou outra acabava por não acontecer.

Estar viva e “relativamente saudável, porque ninguém está completamente saudável”, foi a conjugação de fatores necessária para aos 84 anos editar o primeiro disco.

Não se assume cantora – “não tenho grande voz, eu sei, tenho pouca voz” – mas se a vida voltasse atrás gostava de ter sido.

Fez teatro, interpretou autores como Fernando Pessoa, Nikolai Gogol, Marguerite Duras. No cinema, trabalhou com Manoel de Oliveira, António de Macedo, Fernando Lopes, José Álvaro Morais, Margarida Gil, João Botelho, Teresa Villaverde, Cláudia Varejão, gerações de realizadores. Em “Édio Rei”, de Pier Paolo Pasollini, foi a criada de Jocasta. Foi premiada, homenageada na Cinemateca Portuguesa com um ciclo em seu nome e com o livro de João Bénard da Costa “A Dupla Vida de Isabel Ruth”. E queria ser cantora.

“Eu queria ser cantora. Cantora e roqueira e música e tudo isso. Sinto que a minha vocação está mais virada para a música e para a dança do que propriamente atriz”, contou, recordando que começou a carreira na representação “quase que empurrada pelo marido”, que era ator.

Apesar de “Português Suave” ainda não ser o álbum com que sonhava – “quero uma orquestra” – está satisfeita com o resultado final.

“Mas mais vale um pássaro na mão, do que dois a voar. Isto é muito válido, da maneira como foi feito. Não acredito que agora vá ter um grande sucesso, mas isto é uma prova de que há aqui qualquer coisa que tinha que acontecer”, disse.

No álbum, com produção e direção musical do músico e produtor Agir, Isabel Ruth é acompanhada apenas ao piano, por Manuel Oliveira.

A ligação com Agir começou quando gravaram juntos “Madalena”, tema da autoria de Isabel Ruth, incluído no álbum “Cantar carneiros”, do músico, editado em 2022.

Embora tenha criado mais canções entretanto, Isabel Ruth não tem “planos nenhuns” de as editar.

“Isto foi para mim um processo tão chato ao mesmo tempo, tão difícil, porque criou-me muita ansiedade, não foi uma coisa assim ‘temos aqui uma brutalidade de dinheiro’. Eu julgava que chegava ao estúdio e gravava aquilo tudo, que tinha este instrumento e aquele e aqueloutro. Mas mesmo assim estou cheia de sorte, porque consegui um disco”, partilhou.

Em edição de autor, com apoio do Fundo Cultural da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), “Português Suave” é editado em vinil e está disponível desde hoje nas plataformas de ‘streaming’.

Entretanto, Isabel Ruth irá continuar a pegar na guitarra e a ver surgirem músicas de que não estava à espera: “São coisas que eu não sei de onde vêm. São muito simples. São genuinamente simples”.

JRS // MAG

Lusa/Fim

Mais Recentes

Parceria aérea liga economia indiana em rápido crescimento à América do Norte e à Europa

há 6 horas

União Europeia aprova atrasos maiores – até 6 horas – e menos indemnizações para os passageiros aéreos

há 7 horas

Cancro do pulmão: avanço no tratamento vem do fundo do oceano

há 7 horas

Nem um minuto a mais: este é o tempo que pode manter a carne fresca no frigorifico

há 7 horas

Lentes de contato: todo o cuidado é pouco, pois há riscos escondidos

há 8 horas

O alerta vem dos especialistas: «estas manicuras da moda causam unhas podres, fungos e infeções»

há 8 horas

Descobre no jardim de casa um tesouro de mais de 26 mil euros: entrega-o e recebe recompensa “ridícula”

há 8 horas

Opinião: «A gordura do lipedema não responde a dieta ou exercício físico», Sofia Carvalho, cirurgiã Plástica e Estética

há 9 horas

Nunca mais diga esta frase aos seus netos: «está a “pedir” que eles mintam», garante especialista

há 9 horas

Dieta: está difícil de atingir os seus objetivos? Conheça o que pode estar a correr mal e corrija

há 9 horas

Corrida: 5 erros que comprometem os resultados e causam lesões. Evite-os

há 10 horas

Maquilhagem perfeita: alcance o sonho de todas as mulheres pondo em prática estas 7 dicas

há 10 horas

Eutanásia: o que diz a lei portuguesa e como é o procedimento

há 10 horas

12 erros de decoração que podem (mesmo) tornar os espaços em algo (muito) desagradável

há 11 horas

Roteiro de verão: 6 destinos imperdíveis (dentro e fora de Portugal) para ir conhecer em autocaravana

há 11 horas

Brasserie de L’Entrecôte abre novo restaurante em Lisboa e nós descobrimos onde

há 11 horas

«Celebre o verão com experiências memoráveis»: o convite é desta cadeia hoteleira

há 12 horas

Um refúgio sustentável por explorar: venha descobrir o mar Vermelho Saudita

há 12 horas

A 10 minutos do castelo, Leiria acolhe nova unidade hoteleira

há 12 horas

Opinião: «A obesidade e o cancro do pâncreas», Marília Cravo, gastrenterologista

há 13 horas

Subscreva à Newsletter

Receba as mais recentes novidades e dicas, artigos que inspiram e entrevistas exclusivas diretamente no seu email.

A sua informação está protegida por nós. Leia a nossa política de privacidade.