1. Pele oleosa não deve ser hidratada
A pele oleosa também deve ser hidratada. Simplesmente com recurso a produtos específicos e adequados, com texturas mais leves e de preferência não comedogénicos e oil-free. Se secarmos demasiado as peles oleosas, isto vai levar à hiperprodução sebácea compensatória e, portanto, a mais oleosidade.
2. Creme de dia é igual ao creme de noite
As grandes diferenças entre os cremes de dia e de noite prendem-se com as suas funções, isto porque a nossa pele tem diferentes necessidades em cada fase do dia. Desta forma os cremes variam na textura e nos ingredientes que os compõem.
As funções do creme de dia são além da hidratação, a proteção da nossa pele contra os agentes agressores externos como a radiação ultravioleta, a poluição e mudanças de temperatura. Desta forma apresentam ingredientes ativos com características antioxidantes que ajudam as células da nossa pele a combater o stress oxidativo, podem oferecer ainda proteção solar. E no caso de a pele apresentar problemas específicos, como acne, oleosidade ou rosácea, o creme de dia pode também conter ingredientes específicos que combatam estes problemas ao longo do dia. Os cremes de dia apresentam uma textura mais leve e são de absorção mais rápida, o que facilita a aplicação de maquilhagem.
A principal função dos cremes de noite é regenerar a pele e minimizar os efeitos das agressões que a pele sofreu durante o dia. Durante o sono a capacidade de renovação e regeneração celular aumenta e é a melhor altura do dia para o uso de princípios ativos que vão reparar a nossa barreira cutânea, estimular a produção de colagénio e nutrir profundamente a pele. Os cremes de noite apresentam normalmente texturas mais densas e nutritivas, são absorvidos de forma mais lenta e proporcionam uma hidratação mais prolongada. Pelos motivos anteriormente mencionados e pelo facto de, durante a noite, a nossa pele não estar exposta ao sol, podem conter na sua composição substâncias ativas que vão estimular a produção de colagénio e atrasar o envelhecimento da pele, como o retinol, o ácido glicólico, peptídeos, entre outros. Também alguns problemas específicos como manchas, rugas, acne, rosácea, entre outros, podem ser tratados de forma mais intensa nesta altura do dia.
3. A pele habitua-se aos cremes e estes deixam de funcionar
A pele não se habitua aos produtos, mas sim a pele está simplesmente sempre a mudar e as suas necessidades mudam com o tempo, com a idade, o nível de stress, com a estação do ano, com o clima do país em que estamos e, no caso das mulheres, coma fase do ciclo menstrual e com a entrada na menopausa. Ou
seja, um creme que é a dada altura adequado para a nossa pele pode, com o tempo, deixar de o ser. Além disso é natural que durante os primeiros meses de tratamento com determinado cosmético sejam mais visíveis os seus efeitos. Depois esquecemo-nos simplesmente como era a nossa pele sem o seu uso. Um exemplo disso é o uso de cremes com substâncias anti-manchas.
A pele simplesmente requer produtos adequados para aquilo que necessita em cada momento.
4. Pasta dos dentes é boa para tratar borbulhas
Para além de não a fazer desaparecer as borbulhas, pode ainda piorar a sua inflamação, o que pode em último caso deixar manchas e cicatrizes. Poder-se-ia pensar que a presença de substâncias antibacterianas nas pastas de dentes poderia ter um efeito positivo na acne. Mas estes produtos não são formulados para aplicar com segurança no rosto, mas sim nos dentes. O seu uso na pele pode danificar a barreira cutânea e levar ao desenvolvimento de uma dermatite perioral, inflamação semelhante a acne ou rosácea junto da boca. O mais importante em caso de acne é consultar um Dermatologista e ter uma rotina de skincare adequada, o que vai fazer com que as borbulhas apareçam com muito menos frequência e idealmente despareçam de todo. Atualmente há vários produtos cosméticos seguros e testados para p efeito SOS à venda nas farmácias. Por estes motivos desaconselho o uso de pasta dos dentes no tratamento de borbulhas.
5. Arrancar pelos dos sinais pode causar a sua degeneração para cancro de pele
Arrancar pelos dos sinais não faz mal nem há evidência de que possa resultar em cancro de pele. Na pior das hipóteses aquilo que pode acontecer é uma inflamação no folículo piloso pelo traumatismo mecânico resultante do arrancar do pelo. Em alguns casos, este traumatismo resultante da tração do pelo pode ser de tal ordem que danifica irreversivelmente a zona de crescimento deste, eliminando-o prementemente. Além disso, o facto de um sinal ter pelos não é motivo de preocupação. Por outro lado, os sinais devem ser vigiados e as alterações de tamanho ou mudanças de cor de um sinal devem ser analisadas em consulta