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Cleptomania: «Quando furtar não é escolha, mas uma necessidade incontrolável», Alberto Lopes, neuropsicólogo/hipnoterapeuta

31 Janeiro 2025
Alberto Lopes, neuropsicólogo/hipnoterapeuta

Artigo de opinião de Alberto Lopes – neuropsicólogo/hipnoterapeuta das Clínica Dr. Alberto Lopes, Psicologia & Hipnose Clínica

A cleptomania pode resultar em sérios problemas emocionais, familiares, profissionais, jurídicos e financeiros. Sentimentos de vergonha, culpa e humilhação são comuns, assim como o risco de enfrentar problemas legais, incluindo a possibilidade de ser preso por roubo. Além disso, a cleptomania está frequentemente associada a outras condições, como:

· Distúrbios de controlo de impulsos.

· Uso indevido de álcool e substâncias ilícitas.

· Transtornos de personalidade e distúrbios alimentares.

· Depressão, transtorno bipolar e ansiedade.

· Pensamentos suicidas ou tentativas de suicídio.

Infelizmente, devido ao estigma associado a esta perturbação mental, muitas pessoas hesitam em procurar ajuda profissional. Este atraso agrava o sofrimento, perpetuando o ciclo do comportamento compulsivo. Contudo, é importante enfatizar que, embora a cleptomania seja uma síndrome de difícil resolução, o tratamento adequado pode diminuir ou até interromper o ciclo de impulsos, ajudando a pessoa a recuperar o controlo sobre a sua vida.

Tratamento da Cleptomania

O tratamento da cleptomania exige uma abordagem multidisciplinar, combinando psicoterapia, medicação e, frequentemente, hipnoterapia. Este último método, em particular, tem-se mostrado eficaz ao abordar os traumas subjacentes e reprogramar os gatilhos emocionais que alimentam o comportamento compulsivo. Além disso, grupos de

autoajuda, semelhantes aos Alcoólicos Anónimos, podem oferecer um espaço de apoio seguro e livre de julgamento.

· Psicoterapia: Terapias como a terapia cognitivo-comportamental (TCC) ajudam a pessoa a compreender os seus impulsos e a desenvolver estratégias para responder a eles de maneira mais consciente e apropriada.

· Hipnoterapia: Durante sessões de hipnose, o subconsciente pode ser explorado para identificar traumas ou padrões emocionais ocultos. Este método permite reprogramar associações negativas e fortalecer o autocontrolo, promovendo uma transformação emocional profunda.

· Medicação: Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS), que aumentam os níveis de serotonina no cérebro, são frequentemente utilizados para ajudar no controlo dos impulsos.

Evolução e Gestão da Cleptomania

A cleptomania é uma condição psicológica difícil de gerir e, não raramente, marcada por recaídas. Após um período de controlo, o impulso de furtar pode ressurgir, especialmente em momentos de stress ou vulnerabilidade emocional. Nesses casos, é fundamental que haja alguma compreensão familiar para as inevitáveis recaídas, recordar que o cleptómano, não furta por maldade ou por necessidade, mas para acalmar a tensão avassaladora que sente, já que ele carrega consigo um profundo sofrimento emocional de culpa e vergonha. A maior prova de amor que podemos dar a alguém que sofre desta perturbação metal é não julgar nem desistir, mas é essencial que o indivíduo procure ajuda imediatamente, seja junto de um profissional de saúde mental ou de alguém em quem confie, para evitar que o ciclo recomece.

A gestão de longo prazo envolve o apoio da família e um compromisso contínuo com o tratamento, a identificação de gatilhos emocionais e a construção de uma rede de apoio sólida. Mais do que “curar” a cleptomania, o objetivo é criar estratégias que ajudem a pessoa a viver com mais equilíbrio, liberdade emocional e qualidade de vida.

Uma Reflexão Final

A cleptomania é um lembrete poderoso de que os comportamentos impulsivos e descontrolados muitas vezes escondem dores emocionais profundas. Não se trata de um reflexo do caráter, mas sim de uma condição complexa que exige empatia, compreensão e

suporte. Com o tratamento adequado, incluindo a hipnoterapia, e o compromisso de enfrentar os seus desafios, é possível transformar a dor e o sofrimento em crescimento pessoal e equilíbrio. Afinal, o caminho para a cura começa com o primeiro passo: pedir ajuda.