Investigar corretamente a doença pode ser crucial para evitar complicações graves, como trombose venosa profunda, embolia pulmonar e riscos durante a gravidez.
A trombofilia pode ser hereditária ou adquirida. Muitas vezes, a primeira manifestação acontece em situações de maior risco, como gravidez , uso de anticoncepcionais hormonais, pós-operatórios ou longas viagens.
No contexto da saúde da mulher, a preocupação com a trombofilia é ainda maior. A gravidez por si só já é um estado pró-trombótico natural, e quando a mulher tem uma trombofilia não diagnosticada, o risco de complicações como pré-eclâmpsia, restrição de crescimento fetal, aborto e parto prematuro aumenta consideravelmente.
O rastreio para a trombofilia deve ser considerado em casos como:
- Histórico pessoal ou familiar de trombose antes dos 50 anos;
- Abortos espontâneos de repetição ou perda fetal tardia;
- Complicações obstétricas como pré-eclâmpsia grave ou descolamento prematuro da placenta;
- Mulheres que pretendem usar pílula anticoncepcional e têm histórico familiar sugestivo;
- Pacientes que sofreram trombose sem fatores de risco aparentes (como trauma ou cirurgia recente).
O diagnóstico de trombofilia envolve exames de sangue específicos que avaliam mutações genéticas (como Fator V de Leiden, mutação da protrombina), deficiência de proteínas anticoagulantes naturais (proteína C, proteína S, antitrombina III) e presença de anticorpos antifosfolípides.
Uma vez diagnosticada a trombofilia, o tratamento é individualizado. Pode incluir uso de anticoagulantes em situações específicas.