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Opinião: «A obesidade e o cancro do pâncreas», Marília Cravo, gastrenterologista

6 Junho 2025
Marília Cravo, Gastrenterologista, presidente da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia

Artigo de opinião de Marília Cravo, Gastrenterologista, presidente da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia

A obesidade é uma doença crónica muito frequente no Mundo Ocidental e em Portugal também. Está associada a muitas doenças que são consideradas as principais causas de morte em Portugal como sejam as doenças cardio vasculares, cérebro vasculares (AVCs), a hipertensão arterial e a diabetes mellitus.

No entanto, para além destas doenças crónicas, existem certos cancros que têm vindo a ser associados a um estado de excesso de peso ou obesidade, como sejam o cancro da mama, do útero, do esófago (em consequência do refluxo crónico), do cólon e reto e, mais recentemente, o do pâncreas. A incidência do cancro do pâncreas tem vindo a aumentar muito durante os últimos anos. Sabemos que é um cancro com muito mau prognóstico pois apenas 20% dos doentes são operáveis no momento do diagnóstico e, aos 5 anos, apenas 10% de todos os doentes estão vivos.

Acredita-se que em 2030 o cancro do pâncreas será o segundo cancro a matar mais pessoas no Mundo Ocidental. Assim sendo, todos os esforços devem ser concentrados na prevenção do cancro do pâncreas pois, uma vez instalado, as hipóteses de cura são muito baixas.

Dentro dos fatores de risco ligados ao aparecimento deste cancro estão, para além da obesidade, as doenças a ela associadas e habitualmente designadas por síndroma metabólico. Assim, pessoas com diabetes, hipertensão, colesterol alto, têm um risco bastante aumentado de cancro do pâncreas. Os doentes com mais de 50 anos em quem surge uma diabetes tipo 2, ou que já tinham diabetes, mas que começam a ter mais dificuldade em a controlar, devem realizar uma TAC com contraste para excluir um cancro do pâncreas. É importante as pessoas estarem informadas deste risco e dirigirem-se ao médico no sentido de excluírem que têm esta doença altamente mortífera.

Para além das causas já referidas, o tabagismo crónico bem como a ingestão crónica de alcóol, estão também ligados a maior risco de pancreatite crónica e, consequentemente, de cancro do pâncreas.

O mecanismo pelo qual a obesidade pode estar associada a maior risco de cancros nomeadamente do pâncreas, está ligada ao facto da gordura abdominal, visceral, ser pró- inflamatória. Esta inflamação gerada pela gordura intra-abdominal vai ser responsável pela produção de pequenas moléculas que estimulam a proliferação das células cancerígenas, nomeadamente a nível do pâncreas.

Estando a obesidade associada a tantas doenças crónicas, faz todo o sentido que tentemos tratar ou, melhor ainda, prevenir a obesidade, pois assim vamos conseguir prevenir doenças como a diabetes, a hipertensão, o refluxo, vários cancros e muitas outras doenças como as artroses e os problemas da coluna vertebral. Existem hoje tratamentos eficazes para a obesidade – para além da dieta e do exercício físico, existem medicamentos eficazes bem como procedimentos bariátricos a que toda a população devia ter acesso.

Não espere que que o excesso de peso se torne num problema mais grave. Se tem peso a mais e não consegue controlar com dieta e exercício, procure ao seu médico de família para ter acesso a um programa de tratamento eficaz! Não espere que seja tarde de mais! Ao tratar a OBESIDADE, está a PREVENIR muitas doenças nomeadamente o CANCRO DO PÂNCREAS!

O Mês da Saúde Digestiva é uma iniciativa da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia.

Saiba mais em www.saudedigestiva.pt .

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