Na busca por uma vida mais longa e saudável, muitas pessoas têm apostado em atividades que vão além do exercício físico tradicional. Uma delas é a meditação — e agora a ciência dá-lhe ainda mais força. Um novo estudo da Universidade de Harvard aponta que a meditação regular pode atrasar o envelhecimento do cérebro, além de promover um sono mais profundo e menos níveis de stress.
A investigação, conduzida pelo Hospital Geral de Massachusetts e pelo Centro Médico Beth Israel Deaconess — duas instituições ligadas a Harvard —, analisou os efeitos de um programa intensivo de meditação denominado Samyama, organizado pela Fundação Isha do reconhecido yogi indiano Sadhguru.
Os participantes da investigação foram submetidos a eletroencefalogramas, através dos quais os cientistas observaram uma “idade cerebral” mais jovem nos meditadores em comparação com o grupo de controlo. Mas os benefícios não ficaram por aqui: relataram também melhor qualidade de sono, memória mais apurada e menor sensação de solidão.
“O estudo fornece evidência convincente de que práticas profundas de yoga e meditação ajudam a preservar a juventude do cérebro”, explica o Dr. B. Subramaniam, coautor da investigação, publicada na revista científica Mindfulness. “É inspirador ver como práticas antigas resistem ao escrutínio científico moderno”, acrescenta.
Apesar dos benefícios bem conhecidos de exercícios como a corrida ou a natação, os especialistas reforçam que a meditação e o yoga desempenham um papel fundamental no bem-estar mental e cognitivo, sobretudo com o avançar da idade.
Outra atividade simples e eficaz? Caminhar. Para além de ser acessível à maioria das pessoas, caminhar liberta endorfinas, melhora o humor e combate o stress e a ansiedade. A combinação de movimento físico com práticas meditativas pode, por isso, ser uma estratégia completa para envelhecer com mais saúde e equilíbrio.