Segundo o especialista, reforçar esta zona pode acrescentar anos à sua vida e melhorar significativamente a qualidade do envelhecimento.
“Ter quádricipes especialmente fortes pode influenciar diretamente as expectativas de vida”, afirma o médico num vídeo que se tornou viral. E embora ressalve que não se trata de uma relação causa-efeito direta, a ciência dá-lhe razão: estudos recentes indicam que a força muscular nas pernas é um forte indicador da saúde geral e da longevidade.
Pernas fortes, vida longa
O alerta de Sood não é isolado. Um painel internacional de 34 especialistas, liderado pelo investigador espanhol Mikel Izquierdo Redín (Universidade Pública de Navarra), já tinha sublinhado que a actividade física regular é uma das intervenções mais eficazes, seguras e acessíveis para combater o impacto das doenças associadas à idade.
A Organização Mundial da Saúde também recomenda pelo menos 150 minutos semanais de exercício físico moderado, combinando actividades aeróbicas e de força, como forma de preservar a saúde física e mental. Mas, segundo Sood, dar prioridade aos exercícios que fortalecem os músculos das pernas pode ser particularmente benéfico.
O médico cita ainda um estudo publicado no American Journal of Medicine, que analisou mais de mil pacientes com doença arterial coronária (EAC). A conclusão é clara: os pacientes com quádricipes mais fortes tinham um risco significativamente mais baixo de mortalidade, tanto por causas cardiovasculares como gerais.
A doença arterial coronária, uma das principais causas de morte em todo o mundo, bloqueia o fornecimento de sangue ao coração e está fortemente associada à inactividade física. “Fortalecer os quádricipes não é apenas uma questão de mobilidade ou estética. É, literalmente, uma questão de vida ou morte”, conclui Sood.
Para o conseguir, não é necessário ir ao ginásio todos os dias. Exercícios como agachamentos, lunges, step-ups ou simplesmente caminhar em subidas são excelentes formas de estimular esta musculatura poderosa. A chave está na consistência — e no equilíbrio entre força e mobilidade.
Porque, afinal, o verdadeiro “segredo da juventude” pode não estar num creme milagroso, mas nos seus próprios músculos.