O Aeroporto Internacional de Kansai, localizado na Baía de Osaka, no Japão, está a enfrentar um problema sério e contínuo de afundamento, apenas 29 anos após a sua inauguração. Construído sobre duas ilhas artificiais e com um custo monumental de 20 mil milhões de dólares (18,6 mil milhões de euros), o aeroporto, uma vez considerado uma maravilha da engenharia, depara-se com um futuro incerto devido ao seu afundamento constante.
Quando foi projetado, estimava-se que o aeroporto afundaria aproximadamente 5 metros. No entanto, nos primeiros cinco anos, ele afundou 8 metros, muito além do previsto. Desde sua abertura em setembro de 1994, o aeroporto já afundou mais de 11 metros, e alguns engenheiros preveem que ele poderá afundar mais 4 metros até 2056, atingindo o nível do mar.
Para combater este problema, o Japão investiu fortemente no projeto, incluindo mais de 138 milhões de euros para elevar o paredão do aeroporto. Apesar desses esforços, o aeroporto continua a afundar a uma taxa de 7 cm por ano, tornando-se suscetível a inundações, especialmente durante condições meteorológicas adversas.
A construção do aeroporto sobre a água foi uma solução para a escassez de espaço no Japão. Embora a construção de ilhas artificiais não seja uma novidade para o Japão, o tamanho e a complexidade do Aeroporto de Kansai tornaram essa abordagem particularmente desafiadora.
Além do problema de afundamento, a localização do aeroporto torna-o vulnerável a desastres naturais. Em 2018, um tufão devastador atingiu o oeste do Japão, causando inundações nas pistas e danificando a ponte que conecta o aeroporto ao continente, quando um petroleiro colidiu com ela durante a tempestade. Mais de 3.000 passageiros ficaram retidos no aeroporto, enfrentando a falta de energia e de ar condicionado.
Atualmente, o Aeroporto Internacional de Kansai continua a ser um importante centro de viagens, com mais de 20 milhões de passageiros e quase um milhão de toneladas de carga a passar por ele anualmente.
