Se tem um fraquinho por doces, mas está atento à saúde, às digestões e à linha, há um alimento natural que pode ser o melhor dos dois mundos: as tâmaras. Este fruto do Médio Oriente é conhecido pelo sabor intenso e açucarado, mas também por ser um verdadeiro superalimento, com benefícios para o coração, o intestino e os ossos.
As variedades são muitas (como Medjool ou Deglet Noor) e podem ser encontradas frescas ou secas. Mas será que são mesmo saudáveis para todos?
Um aliado da digestão e do bem-estar intestinal
Cada tâmara tem cerca de 1,6 g de fibra – o suficiente para ajudar a prevenir a obstipação e melhorar a digestão, segundo a dietista Amanda Holtzer. Além da fibra, contêm compostos como polifenóis, frutanos e sorbitol, que alimentam a microbiota intestinal e contribuem para uma flora equilibrada. “Uma microbiota saudável influencia a saúde geral, da imunidade ao humor”, explica a nutricionista Desiree Nielsen.
Coração mais protegido
As fibras também ajudam a reduzir o colesterol LDL (“mau”), pois ligam-se a estas partículas e favorecem a sua eliminação. As tâmaras contêm ainda potássio, essencial para regular a tensão arterial, e antioxidantes que combatem a inflamação e os radicais livres — dois dos grandes inimigos da saúde cardiovascular.
Ossos mais fortes
Embora sejam mais conhecidas pelo açúcar natural, as tâmaras são também uma fonte modesta de cálcio, fósforo e magnésio. Estes minerais são fundamentais para a saúde óssea, sobretudo após a menopausa, quando o risco de perda de densidade óssea aumenta. O magnésio, em particular, ajuda o corpo a ativar a vitamina D, facilitando a absorção do cálcio.
Mas atenção às quantidades
Apesar dos benefícios, o teor calórico e de açúcar não deve ser ignorado. Duas tâmaras podem conter 132 calorias, 36 g de hidratos e 32 g de açúcar, alerta Amanda Holtzer. Para a maioria das pessoas saudáveis, esta quantidade não representa um problema — mas quem tem diabetes ou pré-diabetes deve moderar ou mesmo evitar o consumo regular.
Quanto pode comer?
Segundo Connie Elick, especialista em culinária vegetal do Institute of Culinary Education, a dose ideal situa-se entre duas a três tâmaras por dia, como parte de uma alimentação variada. Pode consumi-las como snack, misturadas com frutos secos ou até como adoçante natural em receitas caseiras.